quinta-feira, 30 de maio de 2019

Laguna 69

Dia 11/05/2019 – Laguna 69

Dormimos cedo no dia anterior já que neste grande dia tínhamos que acordar as três e pouco da manhã. Nem comemos nada. Nos arrumamos e descemos para ir para o passeio. Lá embaixo, uma Kombi veio os buscar. Aldos, o dono do hostel, veio falar com a gente se preferíamos esperar mais meia hora e ir num ônibus em vez da Kombi. Eu e Lais não nos importamos em ir na Kombi, porém... ela não pegava!
Saímos dali da frente do hostel com a Kombi pegando depois de algumas tentativas e fomos pegando o resto do pessoal nos outros hostel. Em cada lugar a Kombi falhava. E com isso aumentando a tenção entre a gente. Medo de perder o dia e não conseguir fazer o esperado passeio. Tentei sair da van, mas o guia pediu para esperar que iam conseguir outro meio de transporte. Depois de alguns minutos, apareceu o Aldo justamente com o ônibus que ele pretendia nos levar. Foi todo mundo da van para o ônibus e finalmente pegamos a estrada. O bom que foi mais confortável.
Nesse meio tempo turbulento entre a Kombi e ônibus, vi que o brasileiro que tinha falado comigo ontem também estava no passeio para a laguna 69. No ônibus, tinha pessoas indo para a laguna 69 (o brasileiro, Lais e eu) e o resto do pessoal, tudo com mochila cargueira, indo fazer a travessia/trekking santa cruz.
Nossa primeira parada foi para tomar café da manhã num lugar chamado “El granero” em Huashao. Dali comecei a gravar o tracklog. O caminho que fizemos, tanto a pé como de carro, pode ser visto clicando aqui.

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Ali no café da manhã começamos a conversar mais com Leonardo, o brasileiro. Gente boa toda vida.
De volta a van, mais uns poucos minutos depois chegamos na entrada do parque Huascaran. 30 soles o valor do ingresso naquele setor.
Mais um pouco de estrada e uma pequena parada para fotos na laguna Llanganuco / Chinan Cocha.


Minutos depois, com belas imagens, finalmente a van parou numa curva e falou que quem fosse fazer a Laguna 69 deveria descer ali. Só desceu nós três. O guia falou o caminho que deve seguir e continuou a viagem de carro com o resto do pessoal do ônibus. Falou que deveríamos estar ali de volta tal hora para sermos resgatados de volta.
Descemos do ônibus e começamos a caminhar. Logo vimos que o Leonardo é bom de perna e nos passou rapidamente. Rapaz alto. Uma pernada dela é umas duas minhas, haha. Foi só eu e Lais durante o trajeto.

início da caminhada





O trekking é todo autoguiado. Não precisa de guia. Só seguir as plaquinhas e ir. Lindas paisagens e lindas cachoeiras. O caminho é tranquilo até que começa a subida.

uma cachoeira na direita

outra na esquerda

Começa as subidas e a falta de ar, o cansaço. No caminho passa por alguns mirantes e uma pequena lagoa. Ao chegar nessa lagoa brinquei com Lais dizendo que essa era a Laguna 69, haha.


Brinquei com Lais dizendo que essa era a Laguna 69


Depois de muito andar e parar para recuperar o folego, pensar em desistir duas vezes, andar até morrer... finalmente chegamos na laguna 69.

Primeira vista da lagoa 69


linda







Depois de curtir o lugar, comer alguma coisa, agradecer, tirar fotos, descansar um pouco e me batizar (mergulhei a cabeça) numa das águas mais geladas que já senti em toda a minha vida ... era hora de voltar.
Chegamos de volta na van, com alguns minutos sobrando ainda do horário combinado. Subimos no ônibus e chegamos de volta em Huaraz ainda com sol. Muito bom isso.
Arrumamos nossa mala no hostel, tomamos banho e fomos jantar. Comemos Lomito ao Hugo e Talharin Saltado por 8 soles cada. Fizemos checkout e nos despedimos de Huaraz. Deixou saudades. Era hora de pegar o ônibus sentido à Ica e o seu oásis em Huacachina. Saindo do frio do gelo para ir ao calor de um deserto.




Nevado Pastoruri


Dia 10/05/2019 – Nevado Pastoruri

Depois de descansar bastante, tomamos nosso café da manhã que não é no hostel e sim num estabelecimento perto. O hostel nos deu duas plaquinhas e fomos para lá fazer o “dasayuno”. O café eles dão um concentrado de café e água quente. Ai você mistura tudo. O pão é o típico deles, mas pelo menos tinhas ovos.
De barrigão cheio, fomos para a Van. Dessa vez são duas horas até o início do passeio. No meio do caminho paramos para tomar um chá de coca. Resolvi experimentar. Era incluso no passeio. Comprei um saquinho com várias folhas de coca por 1 sol. Durou até o fim da viagem e ainda sobrou pois trouxe de volta para o Brasil.


Voltamos para a van e pegamos a estrada até que passamos pela laguna Patachocha e poucos segundos depois a entrada do parque Huascaran em si. Custo de 30 soles a entrada neste setor do parque. O caminho que fizemos pode ser visto clicando aqui.


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entrada do parque




Já dentro do parque, a primeira parada é na fonte gaseificada.






Achei que fosse quente. Perguntei em inglês a um rapaz que estava ali perto e ele falou que não. Aí sim tive coragem de tocar na água.
De volta a van a próxima parada era na Laguna 7 cores.





Andamos de volta até chegar no carro/van. Várias plantas que só dão acima de 3000 m de altitude. Algumas delas parecem estar queimadas, mas é pela autocombustão. Doidera. Na laguna em si, dependendo da hora e incidência de raios solares, é possível ver diversas tonalidades de verdes e cores diferentes. Não vi porra nenhuma muita coisa.
De volta para a estrada finalmente chegamos no estacionamento e ali começava a nossa caminha para valer. Chegou a hora!

hora de começar a caminhar





Como já se começa a caminhar acima dos 4000 m de altitude, o maior desafio é a falta de ar. O soroche, mal de altitude. Tinha tomado chá de coca, masquei as folhas de coca, ainda tinha tomado um remédio antes de começar o passeio e mesmo assim, no final do passeio, voltando da trilha ainda senti uma leve dor de cabeça. Minha namorada Lais, que não tomou chá, nem mascou as folhas de coca e nem tomou remédio, não sentiu absolutamente nada. A menina é sinistra.
A caminhada começa acima dos 4000 e chega em 5000. Para isso existe a opção de ir de cavalo para quem quiser. Lais e eu fomos a pé.



Um pouco cansados chegamos no nevado. Fui até o mirante ali em cima correndo e quase morri de dor de cabeça depois, hahaha. Exagerando mas deu uma dor de cabeça leve.



Depois de conhecer bem o lugar, aproveitar/agradecer por aquele momento, comer alguma coisa, tirar fotos... começamos a nossa volta para a van. Nisto começou a nevar/chover granizo. Foi bem legal. Experiência completa. Quando estávamos bem perto da van, a chuva/neve apertou. Chegamos na hora certa e deu para curtir tudo. Quando estávamos voltando vimos algumas pessoas começando a caminhada. Deu uma certa pena porque ia pegar um tempo um pouco fechado e chovendo/nevando, sei lá.


De volta a cidade de Huaraz, descansamos um pouco, tomamos banho e fui pegar as roupas no varal lá em cima no terraço (que tem uma vista linda da cidade), que eu tinha lavado no dia anterior. Ao chegar la em cima não achei as roupas. Estava preocupado porque, como choveu, as roupas estariam todas molhadas. Nesse momento um brasileiro falou comigo. Falou que as voluntárias do hostel tirar a roupa do varal e dobraram para gente. Nossa... fiquei sem palavras pelo cuidado que o hostel tem. O hostel já tinha me conquistado pela ótima localização e por ter um bebedouro. Agora então! Voltou para o quarto e falei sobre as roupas parar a Lais e ela adorou. Falei também que tinha um brasileiro no hostel.
Depois um  tempo, fomos para a rua. Fomos num restaurante “encontro” e ali comemos lasanha e uma jarra de suco de laranja. Lugar bem bonitinho e romântico. Tocou uma música Brasileira. Leoni se não me engano.
Depois da janta fomos rapidinho na Cruz del Sur comprar a passagem para a noite do dia seguinte para voltar para lima e de lá ir para Ica.
Passagens compradas, fomos no mercado comprar suprimentos para o passeio do dia seguinte. Compramos tangerina (que era muito boa e não tinha caroço) e uma barra de cereal energética. Iríamos precisar já que o passeio do dia seguinte era a famosa e cansativa Laguna 69.


Laguna Parón

Dia 09/05/2019 – Laguna Parón

Depois de uma noite não muito bem dormida dentro do ônibus da cruz de sur, depois de aproximadamente oito horas, finalmente chegamos a cidade de Huaraz. A cidade me impressionou bastante. Não dava muita coisa pela cidade, mas ela é bem agidata de muito bonita. Tem todo um charme e foi um dos melhores lugares que fui durante a viagem. Tem boa comida, pessoas legais, vida noturna, rodeado de montanhas e neve... um charme de cidade.
Assim que chegamos em Huaraz, o nosso hostel foi o Aldos House. É muito próximo ao terminal da Cruz del Sur. Fomos andando até com um monte de Peruano oferecendo serviços de passeio. Brinquei com Lais dizendo que tinha fez fazer uma camisa com “No, gracias” no peito e usar essa camisa durante toda a viagem.
Chegamos no hostel, já um pouco cansados e já desfizemos a mala, tomamos um café da manhã muito rápido e já partimos para o passeio para a Laguna Parón.

café da manhã

O caminho até a Laguna são aproximadamente três horas até lá. No meio do caminho eles fazem uma parada na cidade Carhuaz para ir no banheiro e comer alguma coisa.



pracinha de lá

Enquanto estava na parada de Carhuaz, demos uma voltinha ali na praça da cidade. Bonitinha. Mais uma vez entramos de volta na van e seguimos nosso caminho, passando por Yungay e Caraz, mas sem parar neles. Chegando na entrada do parque, pagamos o ingresso com o custo de 5 soles e ida ao banheiro para quem quisesse.




Entrando no parque, mais alguns minutos de van e finalmente chegamos na laguna. O caminho que fiz pode ser visto clicando aqui.

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De cara já fomos subir a montanha que tem ao lado para chegar no mirante. Bem cansativa. Seu corpo está se adaptando a montanha, se adaptando a altitude e ainda tem o cansaço da viagem, mais as 8h horas mal dormidas da noite anterior. Resultado, eu e Lais sentimos um pouco a subida. Deu para cansar. Depois de sofrer um pouquinho chegamos no mirante.

Início da subida



Numa dessa de tirar foto do mirante, meu celular estava no casaco da Lais e ela foi para o mirante para eu tirar uma foto dela. Só que o bolso estava aberto e o celular caiu montanha abaixo. Ela ficou bem chateada, mas isso acontece. É acidente. Eu, como maluco que sou e não recomendo a ninguém fazer isso, resolvi descer a montanha um pouco naquelas pedras grandes e super escorregadias, para tentar resgatar o celular. Com MUITO CUIDADO fui e consegui pegar ele de volta. Com alguns arranhões na tela, mas eu estava inteiro e isso que importava. Me arrisquei muito, mas graças a Deus deu tudo certo.
A guia ao ver aquilo viu como era perigoso, e eu sabia disso. Celular resgatado, descemos até a laguna.





Como perdemos um tempinho na hora de resgatar o celular, acabou que não fiz uma caminhada que dá para fazer ao lado esquerdo da lagoa, mas tudo bem. Deu para conhecer bastante e ter uma ótima vista de lá.
Voltamos para a Van e mais 3h de van. Paramos mais uma vez em Carhuaz para quem quis almoçar.
Chegando no hostel, descansamos um pouco, depois andamos pela cidade, fomos no mercado e depois numa feira de artesanato. Comprei uma pulseira para lembrar da viagem até Huaraz. Nesta feira tentei chorar preços mais em conta mas não consegui de jeito nenhum. Em Lima o povo estava mais disposto a negociar. Huaraz não teve jeito.
Vale a pena andar pela cidade. Bem bonita, me senti seguro, cotação de câmbio não é tão ruim quanto pensei, tem uma vida noturna legal. Vários viajantes. Me conquistou. Enquanto estive pela cidade, parecia que estava tendo uma festa. Uma banda marcial tocava pela cidade e as pessoas iam acompanhando. Quase um carnaval. Foi legal. Agitado.
Depois de curtir a cidade era hora de descansar já o que a programação para o dia seguinte era ir no Nevado Pastoruri.




quarta-feira, 29 de maio de 2019

Passeio em Lima


Dia 08/05/2019 – Passeio pela capital Lima

Acordamos e fomos direto para a rua para trocar dinheiro e passar num mercado que tinha ali próximo para comprar algo para fazer o café da manhã. Lais trocou uns 2 mil reais. Fomos no mercado e compramos poucas coisas, até porque só iriamos ficar em Lima esse dia. A noite, iriamos para Huaraz. Pegamos um uber até a rodoviária cruz de sul para já garantir a passagem para Huaraz. Compramos a passagem e então começamos a passear. Mais uma vez, um taxi, mas agora até a praça das armas.
Ao chegarmos na Plaza de Armas, a mesma se encontrava fechada. Seria um dia de azar? A polícia tinha colocado grades ao redor e bloqueando a passagem de algumas pessoas. Queriam evitar protestos. Demos a volta e tentamos entrar por outra rua e, conversando com o guarda, ele liberou nossa entrada. Ele viu que a gente era só turista, então deixou entrar.










O legal foi que tivemos a praça praticamente só para gente. Não deu para ir no centro da praça, mas conhecer tudo por ali. Fomos andando contornando a praça e depois numa fonte por ali. Dali, fomos para o monastério de San Pedro, já que sabíamos que ali tinha uma cripta. Pagamos a entrada do museu e o guia e começamos o nosso passeio.


Uma pena que não permitem tirar foto de lá. É bem legal e diferente. A cripta é deixada para o final do passeio. A igreja é bem bonita. Um órgão gigante lá. Os crânios e ossos na cripta são bem legais.
Conhecido a igreja e a cripta, voltamos até a praça das armas e adivinha? Estava liberada! Estava com o cerco policial ainda, mas entrava quem quer. Vai entender esses peruanos, haha. Almoçamos por ali por 8 soles o prato (com entrada, prato principal, suco e uma sobremesa). Mais à frente comemos um churros.


Finalmente entramos na praça em si para tirar fotos e conhecer. A fonte ali perto já não estava mais ligada, mas tá bom. Já havíamos conhecido com ela ligada.
Pegamos um ônibus de volta para miraflores (1 sol e pouco a passagem) e então era minha vez de trocar dinheiro. Troquei 2 mil reais também igual a Lais, com uma cotação um pouco menor. Cada lugar, uma cotação (com poucas diferenças nos centavos, mas tem).
Fomos andar pelo bairro turístico de Miraflores. Ali a gente consegue ver o oceano pacífico.







Conhecemos o farol, o parque do amor e depois paramos para comer um crepe/manjar de doce de leite. Muito bom!
Voltamos para o hostel, fizemos o checkout, pegamos nossas coisas e com mala e tudo partimos para o parque de la reserva para ver o circuito mágico das águas.










Conhecido o parque de mala e tudo, e sempre de olho no relógio para não perder o ônibus para Huaraz, negociamos bastante com um taxista para nos levar até a rodoviária por 12 soles (estavam cobrando 20 soles).
Chegando na rodoviária, “despachamos” a mala, um pequeno lanche e embarcamos na nossa primeira viagem de ônibus intermunicipal no Peru. Oito horas aproximadamente até chegar em Huaraz. Tentamos dormir no ônibus, mas é difícil. Falta de costume talvez.