Combinei com minha namorada Laís,
de irmos passear e conhecer Nova Friburgo. Coloquei carona para o rio pelo
blablacar e fui pegar a estrada. Minha amiga Cíntia acabou reservando comigo.
Assim que pegamos a estrada para o Rio, vimos um carro pegando fogo em frente
ao posto de gasolina em São Pedro da Aldeia. Passamos por ali assim que os
bombeiros chegaram. Isolaram a rua e seguimos caminho para o rio.
Deixei o pessoal nos seus
destinos e fui pegar minha namorada em casa. Lá, ela me chamou para entrar e
fui conhecer os pais dela. Levei um café que tinha comprado na viagem da
Chapada Diamantina e dei de presente. Aproveitei o momento que estava ali os
conhecendo e que estava todo mundo junto, e pedi a benção para os pais dela
para poder namorá-la. Hehehe, ela ficou toda sem graça mas bem feliz. Achou
bonitinho. Vi que os meus sogros gostaram da atitude também. Acho que comecei
bem, hehe.
Depois das apresentações, tomei
um café com eles e então partimos para estrada para conhecer Friburgo. Levamos
a minha barraca e a barraca da Laís que é maior. Depois de umas 2 horas de
viagem chegamos em Friburgo. Chegamos por volta das meio-dia ou uma da tarde.
Fomos direto para o hostel que tinha reservado, já que ele também era um
restaurante. Ficamos no “Hostel e Restaurante Serra Carioca”.
Sobre o Hostel e Restauante Serra
Carioca.
- Pontos positivos:
Água quente,
lugar limpo, bons atendentes, cama confortável, boa comida, bom custo x
benefício.
- Pontos negativos:
Wi-fi poderia
ser melhor, o café da manhã pode ser melhor, poderia ter uma opção de quarto
com suíte.
Depois de
almoçar começamos o nosso passeio. O caminho que fizemos pode ser visto,
clicando aqui.
Dia 11/01/2019 – Parque Cão Sentado e centro de Nova Friburgo
Pegamos o
carro e fomos direto para o parque cão sentado. O caminho até lá é bem legal.
Assim que se está bem próximo ao parque aparece um pedágio, mas aí tem uma
placa falando que para entrar no parque, só virar à direita. O estacionamento
do parque é do lado do pedágio. Não precisa pagar o pedágio se vai apenas no
parque cão sentado. Estacionamento é gratuito, porém o parque não se
responsabiliza por nada que possa acontecer no estacionamento.
Como fomos no verão, uma das
consequências é bastante mosquito durante a trilha. Não sentimos eles nos
picando. São ninjas! Depois de um tempo de trilha que vimos um monte de
bolinhas na gente. Não estavam coçando, então continuamos a trilhar.
Depois de conhecer bem o parque,
e ter ele praticamente só pra gente (poucas pessoas no local, afinal fomos em
dia de semana), pegamos o carro e fomos conhecer o centro da cidade de
Friburgo.
Parei o carro perto da praça do
suspiro e dali fomos andando pela cidade. Ali na praça mesmo tem o teleférico.
Tentei convencer a Laís a ir comigo, mas ela estava com bastante medo. Depois
fui ver o preço e era uns 35 reais por pessoa. Achei bem caro e como Laís
estava com medo, desisti de ir. Afinal, já estava programado de ir no Pico
Caledônia no dia seguinte e assim a gente já ia ter uma vista lá do alto da
cidade.
Fomos andando, passamos pela
praça Getúlio Vargas, depois fomos no shopping para ver se tinha algum filme
interessante, mas não tinha. Passamos na igreja ali em frente à praça e, de
acordo com Laís, toda vez que se vai numa igreja numa cidade diferente, é bom
fazer um pedido. Cada um fez o seu.
Andamos mais pouco pelo centro,
pela da praça e o centro de turismo já estava fechado. Eu queria pegar algum
mapa da cidade (faço coleção) e obter informações de onde poderia comprar
artesanatos. Faço coleção de imã de geladeira das cidades que visito. Mas, como
estava fechado pois já passava das 17h, fomos andar mais um pouco.
Paramos em frente ao fri chopp e
ali passamos o fim de noite inteiro. Eu bebi uns 3 chops (acho que foi mais,
mas não lembro) e Laís umas 2 caipirinhas. Ajudei ela a tomar um pouco da
segunda já que não estava aguentando muito. Pedimos também carne com fritas.
Foi muito bom.
Depois de conhecer um pouco da
noite de Friburgo, fomos para o hostel descansar. Dia seguinte era dia de pagar
promessa: subir o Pico Caledônia, hahaha. Brincamos que nesse dia fomos na
igreja fazer um pedido, no dia seguinte íamos pagar a promessa subindo o
Caledônia para que o desejo se realizasse. Rs.
Dia 12/01/2019 – Pico Caledônia e Country Clube de Friburgo
Acordamos e fomos tomar nosso
café da manhã. O leite parece que tinha acabado de sair do inferno de tão
quente que estava, haha. Fizemos nossa mochilinha de ataque com água, protetor
e uns lanches e partimos sentido Pico Caledônia.
Estava seguindo um tracklog que
vi na internet de um amigo do wikiloc. Ai achei um lugar para estacionar o
carro um pouco antes do “caledônia inn”. Deixei o carro ali e eu e Laís
começamos a andar, subir. Durante a caminhada vimos duas senhoras descendo uma
trilha ali e falei para minha namorada para a gente explorar aquilo ali. Ver
onde aquela trilha iria dar. Provavelmente numa cachoeira, já que as duas
senhoras estavam com roupas de quem iria se banhar.
Continuamos a nossa caminha e
olhando o track, vi que faltava muito para chegar na portaria. Comentei com
Laís. Vi que o caminho até ali estava muito tranquilo e o carro subiria.
Resolvemos voltar para o carro e subir até onde ele aguentaria. Dito e feito.
Voltamos para o carro e começamos a subir. Subimos bastante até que vimos uma
van parada e passamos por ela subindo mais um pouco. Quando vi a segunda van
estacionada resolvi parar perto dela. Foi o melhor “insight” que tive. Paramos
no lugar certo! Isso porque depois daquele ponto, a estrada piorava
consideravelmente.
Nessa segunda van que estacionei
perto, tinha um grupo de gringos subindo o Caledônia também. Conversando em
inglês com eles, eles tinham conhecido a serra do tucano uns dias antes. Nunca
tinha ouvido falar. O guia deles falou que se estivesse fechado, era só ir numa
trilha do lado esquerdo da portaria que daria para subir.
Nos despedimos e começamos a
subir só eu e Laís.
Ao chegar na portaria vimos umas
4 ou 5 homens saindo de lá, e fechando o portão com cadeado. Falando que não
tinha ninguém ali... logo não teríamos como subir. Esperei eles descer e fiz o
que o guia tinha nos falado lá embaixo. Essa informação do guia eu já sabia,
pois um amigo (Duan) já tinha me falado disso há uns anos atrás.
Assim que os homens desceram, fui
explorar essa trilha do lado esquerdo do portão e consegui entrar. Laís veio
logo em seguida. Prendeu o pé num arame farpado que tinha ali mas não foi nada
d+, graças a Deus.
Depois de conhecer o Pico
Caledônia, descansar, fazer umas fotos e um mini piquenique, era hora de
descer. Fomos descendo e pelo caminho vimos os gringos que havíamos encontrado
na subida. Eles tinham por volta de 80 anos. Subiram até muito! Parabéns para
eles. São Biólogos e o guia deles um fotógrafo. Muito maneiro.
Chegamos no carro continuamos a
descer de carro. Passamos pelo ponto onde tínhamos visto as duas senhoras
descendo a trilha. Parei por ali perto e fomos explorar a tal trilha como
tínhamos combinado. Como ali perto tinha uma ponte com um riacho embaixo,
imaginei que daria em alguma cachoeira. Dito e feito!
Chegamos ali e já tinha um casal.
Resolvemos entrar de roupa e tudo. Foi legal. Gelaaaada! E ventava muito perto
da queda d’água. Mas foi bem legal. Depois chegou outro casal. Acabou que um
dos casais que estavam ali, a menina, começou a passar mal. O namorado dela
veio falar com a gente pedindo água. Demos. Ficamos sabendo que a pressão dela
tinha baixado. Demos o nosso saco de amendoim para ela. Afinal é amendoim da
energia e tem sal, o que aumenta pressão. Nos despedimos do casal e seguimos
nosso caminho.
De volta ao carro, coloquei sacos
de lixo no banco do carro para não molhar e fomos em direção ao Country Clube
de Friburgo.
Depois de conhecer o Country
Clube, a ideia era pegar o carro e ir para o camping pico caledônia e acampar
por lá. Vi na internet que o amanhecer é lindo lá. Foi o que fizemos, mas o
caminho - pelo menos o que o google maps nos indicou - estava muito longe e a
estrada só piorando. Desistimos da ideia e voltamos para o hostel que a gente
tinha se hospedado no dia anterior.
Ao chegar no hostel, tomamos
banho e resolvemos dormir um pouquinho para sair à noite mais descansados.
Botei o celular para despertar. Ele despertou e desliguei. Estava muito cansado
e Laís nem acordou e não quis acordá-la. Ela estava bem cansada... e com isso
até “roncou”. Até o ronco dessa menina é lindo.
Voltei a dormir e acordamos umas
23h. Fizemos um miojo, e graças a Deus eu tinha levado meu fogareiro pois não
tinha um fogão disponível para os hospedes. Fiz os miojos, colocamos atum em
cima, pegamos o vinho e fomos para a varanda de cima comer. Foi bem legal.
Saciamos a fome, ficamos conversando por horas olhando a rua pela varanda.
Tomamos nosso vinho, dançamos forró... fomos felizes.
Não era exatamente a noite
romântica nas montanhas olhando as estrelas que tinha planejado, mas foi muito
legal. Foi romântico mesmo assim.
Depois de bebermos o vinho todo,
e Laís já bem alegrinha com a bebida hahaha, fomos dormir.
Dia 13/01/2019 – Volta para casa
Acordamos, tomamos nosso café da
manhã com o leite pegando fogo mais uma vez, hahaha. Nos despedimos e fomos
pegar a estrada. Passamos no centro. Ali tinha um rapaz negro fazendo um truque
de mágica, mas demorava tanto para terminar e tínhamos tempo contado para
voltar para o rio, que desistimos. Fomos para o centro turístico, peguei o
mapa, peguei informações de onde comprar o imã de geladeira. Mas, como o tempo
estava ficando curto, resolvemos ir almoçar e de lá ir embora para o rio logo.
Queria ter comprado uma lingerie para Laís também, já que Friburgo é famoso pela moda
íntima, mas ficou para a próxima.
Vou voltar para Friburgo para
levar Laís em 3 picos, aí já aproveito faço as pendências: comprar um imã de
geladeira, uma lingerie pra ela, conhecer a casa suíça e o jardim do nêgo.
No dia anterior, 29/12/2018,
tínhamos conhecido a cachoeira da fumaça e passeado no Vale do Capão durante a
noite. Desta vez era a hora de ir fazer a travessia/circuito do Vale do Pati e
passar o réveillon lá.
O planejado era o seguinte:
1º dia, caminhar de bomba até a igrejinha.
2º dia, da igrejinha ir até casa de Sr Agnaldo
deixar as cargueiras e ir conhecer a cachoeira dos funis e o cachoeirão de cima.
Voltar para pernoitar em Sr Agnaldo.
3º dia, subir o morro castelo. Como achei que
seria algo muito difícil, deixei o dia só para isso.
4º dia, voltar para bomba passando pela
prefeitura e a cachoeira do Calixto.
Mas, como tudo na vida nem sempre
sai como planejado, o caminho que realmente fizemos pode ser visto clicandoaqui. Depois vi que o que fizemos foi bem melhor. Só o último dia que mudaria
fazendo o que realmente foi planejado, que era a volta pela prefeitura e a
cachoeira do Calixto. O bom que assim tenho um motivo para voltar.
Acabou que do planejado, só
inverti o dia 2 com o dia 3, e o dia 4 voltei fazendo o mesmo caminho do dia 1.
Mas, enfim... vamos aos relatos:
Dia 1 – 30/12/2018 – Bomba até a Igrejinha
Acordamos cedo no camping Mangalô,
tomamos nosso café, pagamos antecipado a nossa estadia quando voltar da
travessia no dia 02/01/2018, pegamos o carro e partimos para Bomba.
Começamos nossa caminhada e já de
cara se passa pelo córrego da galinha. A travessia inteira se passa por vários
córregos, mas não precisa se preocupar pois são rasos e tem pedras o que
possibilita atravessá-los passando por elas e nem se quer molha os pés. Nem
precisa tirar as botas.
Logo de cara, na travessia do
segundo córrego, as duas húngaras Sarolta e Helena, que já não tinham
experiência em travessias – e só descobri ali na hora – estavam ficando pra
trás. Como foi Greice que tinha chamado elas, não falei nada. Ficamos sempre
aguardando elas chegarem. Colocaram muita, mas MUITA comida e MUITA bebida na
mochila. Ficaram pesadas e ainda estavam tirando muitas fotos. Depois ainda
descobri que Helena tinha problemas nas costas. Deu vontade de matar a Greice
por chama-las, hahaha. Muito doida. Chamou gente sem experiência para uma
caminhada de aproximadamente 80 km no total. Mas, já estávamos ali... agora era
hora de chupar essa manga.
Eu fiquei responsável pela logística:
ver o caminho até lá, o que fazer, reservar os lugares para ficar, ver os
preços, distâncias percorridas, gasolina, pedágio, etc. Com Greice, deixei
apenas ela decidir quem iria com a gente já que iríamos no carro dela. Acreditei
nela quando me disse que as Húngaras tinham experiência, hahaha. Enfim...
Chegamos numa bifurcação que
levaria até a cachoeira da Angélica.
Cachoeira da Angélica
Achei bem sem graça e as meninas
nem acharam lá grandes coisas. Também não. Continuamos a nossa caminha e nem
paramos por ali. Continuamos nossa caminha sentido cachoeira da purificação.
Determinado momento, seguindo o
track que tinha baixado, fiquei um pouco confuso. A trilha acabava perto no rio
e não tinha nenhuma descrição do que ou para onde seguir. Pensei que tinha
errado o caminho e voltei um pouco, para ver se tinha perdido alguma bifurcação
ou algo do tipo. Nada. Voltei a ponto em que a trilha acabava no rio e tentei
achar a continuação da trilha. Era para atravessar para o outro lado do rio,
mas não tinha nada dizendo no tracklog. As meninas já estavam um pouco cansadas
e isso piorou o psicológico delas. Chegou um guia ali com um grupo justamente
indo para a cachoeira da purificação. As meninas falaram com ele enquanto eu
tentava achar a trilha. Vi que o guia estava fazendo o mesmo caminho que eu,
até que atravessou o rio. Era só fazer isso, hahaha. Ali estava a continuação
da trilha. Como o guia já estava ali, fomos com o pessoal.
cachoeira da purificação
Conversando com o guia falamos
datal bifurcação que tinha um atalho
para o Gerais do rio Preto. Ele até lembrou, mas falou que o caminho era ruim. Isso eu
já sabia. Resolvemos pegar o tal atalho... puts. Pior coisa que fizemos,
hahaha. Caminho todo fechado e com capim navalha! Esse é o pior. Se fosse fechado,
mas com um mato normal, beleza. Mas capim navalha vai te cortando todo,
rasgando suas roupas, te machucando... uma merda! Ainda estava com três meninas,
sendo duas dela sem experiência... aí já viu. Hahaha. Abortamos a ida nesse atalho
voltamos tudo até a trilha oficial.
Assim que chegamos no caminho
oficial, o cansaço, a fome e o psicológico bateu nas meninas. Queriam desistir,
contratar um guia e tentar de novo no dia seguinte. Falei que nunca na vida
faria isso, hahaha. Conversei com as húngaras e as convenci a continuar a
travessia. Greice já não tinha psicológico nenhum. Ela anda bem, mas não tem
muita estabilidade psicológica para o desconhecido. A convencia seguir também.
Assim que saímos da mata, se
chega em um dos pontos de água mais bonito durante esse primeiro dia.
Foto no 1º dia
Foto no 1º dia
Ponto com água corrente
Ali é água corrente e um bom
pontopara descansar um pouco. Abasteci
meu reservatório de água, comi um lanche e seguimos o nosso caminho. A partir
daí, começa cenários lindos. Lugar magnífico. Infelizmente nesse primeiro dia o
tempo não estava aberto e as fotos não ficaram tão bonitas. Como voltamos pelo
mesmo caminho no último dia, vou usar tanto as fotos do primeiro como a do
último dia.
Foto no 4º dia
Foto no 4º dia
Chegamos numa bifurcação e as
meninas reclamando um pouco de cansaço. Falei que dava para fazer um camping
selvagem bem ali no Rancho. Mas eram três da tarde. Tinha muito sol pela frente
ainda. Íamos ficar de três da tarde até o dia seguinte sem fazer absolutamente
nada, hahaha. Então elas se prontificaram a andar mais um pouco e assim fomos.
Próximo desafio era o “quebra bunda”.
esquerda leva até o rancho. Fomos pela direita logo
subindo o quebra bunda
mirante do quebra bunda
pensamentos voando longe
Olha pra foto poxa! hehe
Assim que começamos o caminho
para o “quebra bunda”, eu passei, depois Greice passou e viu uma cobra marrom.
Deu um grito tão alto que chegou a escorregar e cair pra trás. A cobra, sem
dúvida correu como nunca para se esconder. Hahaha. Foi um susto da porra, mas
muito engraçado também. Todos recompostos, começamos a subida. Achei que iria
ser super difícil, já que esse nome, quebra-bunda, já assusta. Mas... até que é
tranquilo. Só ter cuidado para não escorregar e cair de bunda no chão, pois vai
quebrar. Hehehe.
No mirante do quebra-bunda vimos
restos de acampamento. Fogueira. Ali realmente é um lugar maravilhoso e merece
um camping selvagem. Tem um pequeno ponto com água ali em cima. O visual é
incrível. Da vontade de acampar ali, mas, seguimos nosso caminho.
muro de pedras
foto no 1º dia
A partir daí é um caminho bem
legal e tranquilo. Plano e super bem definido. Lindo. É uma caminhada longa mas
vale cada passo. Passamos pelo muro de pedra até que chegamos no mirante do
pati. Ali apareceu um rapaz, Victor, que estava sozinho, perguntando se alguém
tinha esquecido um cartão. Era da Helena. Ela deixou cair e ele achou no meio do
caminho. Perguntou se poderia ir com a gente e concordamos na hora. Tiramos
algumas fotos ali no mirante do pati. Próximo desafio, e o que requer mais cautela,
era a descida da rampa.
Foto no 4º dia
A descida da rampa requer um
pouco de cuidado. Não é nada impossível, mas não é um caminho que você pode ir
sem atenção. Tem ver bem onde está pisando, pra não cair e/ou se machucar. Como
começamos a descer e já tinha caído a noite, a atenção foi redobrada. Lanternas
na mão, todo o cuidado possível e continuamos a descer.
Essa é a rampa. Vai descer esse "murão" de pedras ae. Só ir com cuidado. Só seguir o caminho
Chegamos no final da rampa e
viramos a esquerda sentido igrejinha. Faltava pouco. Já estava escuro e a gente
bem cansado.
Ao chegar na igrejinha, estava
BEEEEM cheio. Quartos todos ocupados já. Só tinha camping disponível. Como eu
levei a minha barraca, estava tranquilo. As húngaras só tinham levado o saco de
dormir. Conseguiram uma vaga no meio dos quartos dos guias, graças a Deus.
Forró
Montei minha barraca, tomei meu
banho (frio), jantei meu miojo com ovo cozido e comi brigadeiro de panela que
alguém ali deixou largado para o restante do pessoal do camping. Estava rolando
um forró. Embora eu adore dançar um forrozinho, minhas pernas já não me
obedeciam. Hahaha. Sem condições de dançar. Comi e fui dormir.
Dia 2 – 31/12/2018 – Igrejinha x Casa do Sr Agnaldo
Acordamos e já fui tomar meu café
da manhã. O tempo ali, pelo que todos estavam falando, inclusive guias,
amanhece sempre nublado e vai abrindo com o tempo. Foi o que aconteceu. Acordei
e estava fechado, depois foi abrindo. O sol apareceu forte, finalmente.
igrejinha
tem um mercadinho
Pegamos nossas mochilas e comecei a seguir o tracklog que tinha pego antes de começar a viagem. Ele ia por cima, passando pelo cemitério e indo até o rio funis.
cemitério
rio funis
Fomos seguindo esse caminho até que chegou no rio funis em si. Vi que o caminho estava um pouco confuso e teria que seguir pelo rio. Eu e Victor fomos na frente para ver como era. Vimos que não era difícil, mas como as meninas estavam muito cansadas, resolvemos abortar o caminho por ali e voltar até a igrejinha toda e voltar até a "trifurcação" lá na descida da rampa. Achamos melhor pegar esse caminho que seria mais fácil.
Ao chegar na igrejinha, paramos um pouco e acabamos conhecendo o guia Kleber, que ia para a casa do Sr Agnaldo também. Resolvemos então ir com ele, já que ele dizia que dava para ir por ali sem ter que voltar tudo até a rampa. Resolvemos seguí-lo e realmente foi de boa. Fomos pela estrada, digamos assim. Não foi bem uma trilha. Importante que chegamos lá com as meninas ainda inteiras.
casa de Agnaldo e Rose
Como o pessoal estava andando muito lento, resolvi ir na frente eu e mais um rapaz que estava no grupo do guia. Acabei sendo o primeiro a chegar na casa do Agnaldo. Já fui logo falando com a Rose, esposa do Agnaldo. Agnaldo em si, só vim a conhecer no penúltimo dia. Em todo caso, reservei logos as camas com a Rose e guardei minha mochila cargueira. Fiquei só esperando o povo chegar.
Demoraram um pouquinho mas chegaram. Com isso já era quase meio dia. Como já estava um pouco "tarde" para começar uma trilha, resolvi subir o morro castelo que era bem ali perto. As meninas resolveram seguir o guia e ir nas cachoeiras dos Funis (bem mais light).
tem que ir pro lado direito da foto e pegar a trilha ali subindo
Entrada da gruta
Mirante antes de chegar no topo do castelo
Para chegar no topo do morro castelo se passa por uma gruta/caverna. Foi Muito legal aquilo. Fiz essa subida toda sozinho. Passei pela gruta sozinho também. Foi uma experiência foda! Lá em cima, já no mirante, conheci 4 meninas. Acabei tirando foto pra elas e elas tirando foto pra mim. Na hora de descer, desci com a companhia delas também. Muito gente boa. Elas são da Bahia mesmo. Estavam usando o wikiloc para orientação, assim como eu. Até adicionei uma delas no meu instagram.
Ao chegar no rio Funis, me despedi das meninas da Bahia, combinei de nos encontrarmos no forró do réveillon na casa de Dona Raquel a noite, e voltei para a casa do Sr Agnaldo. Quando cheguei, as meninas que vieram comigo ainda não tinham voltado da trilha até a cachoeira dos funis. Só chegaram depois de uma hora mais ou menos.
Comemos, descansamos um pouco, jogamos conversa fora na frente da fogueira e fomos dormir para descansar um pouco. Combinamos de acordar para ir no forró. Antes de ir descansar, tomamos uma vodka que a Helena trouxe lá do país dela, demos o feliz ano novo antecipado e fomos finalmente descansar um pouco.
Paguei a janta nesse dia. R$ 40,00. Um pouco caro, mas vale a pena. comida boa no meio do nada.
Acordei um pouco antes do combinado e vi que tinha um pessoal já indo para o forró. Levantei, mas estava muito cansado e com preguiça, além das meninas não terem levantando também. Voltei a dormir. Acordei com os fogos do reveillon, hahahha. As meninas também acordaram com os fogos, demos o feliz ano novo deitado em nossas camas mesmo, hahahaha, e voltamos a dormir. Foi o réveillon mais doido que já passei. hahaha. Deitado na cama. Mas super feliz!
Dia 3 – 01/01/2018 – Casa
do Sr Agnaldo x Cachoeirão de cima e Funis Acordei
cedo e tomei café da manhã do Sr Agnaldo (R$ 40,00). Achei esses valores um
pouco altos. Não dava para fazer todos os dias o café da manhã e a janta, mas
eu queria provar. Como já tinha provado a janta no dia anterior, dessa vez foi
a hora de provar o café da manhã. Tanto para a janta como para o café da manhã,
não é farto não: não tem várias opções não. É o que está ali e pronto. É feito tudo
contado, para não haver sobras. O que na verdade é muito bom. Evita
desperdício. Quem estiver disposto a gastar um pouco mais, e ir mais leve
durante as travessias não precisando levar muita comida, até vale a pena. Eu,
preferi provar só 1 janta e só 1 café da manhã. Levei toda a comida na minha
mochila cargueira. O que acho que realmente vale a pena é dormir no quarto em
vez de carregar barraca. Aí sim são os 40 reais muito bem gastos. Por outro
lado, as famílias que vivem ali, depois que a Chapada Diamantina virou parque,
elas foram proibidas que cultivarem gado e outras frutas/hortaliças. Ficam um
pouco dependente da renda desse turismo. Então é sempre bom ajudar... Mas,
continuando os relatos...
Acordei bem cedo e vi que as meninas queriam esperar o guia, já que ele iria
para o cachoeirão de cima também. Só que no dia anterior ele já tinha demorado
bastante, e eu já tinha estudado essa trilha e sabia que era um caminho longo.
Perguntei se realmente elas não queriam ir comigo. Se iam esperar mesmo o guia.
Como disseram que sim, e eu estava ali para explorar, meti o pé e fui
sozinho. Peguei minha mochilinha de ataque e parti! Começar o ano novo,
trilhando e indo para as cachoeiras. E vamo que vamo!
Casa do sr Wilson
Casa da Dna Leia
Entrada da casa da Dna Raquel
Assim que saí da casa sr Agnaldo vi que pelo caminho dava para passar em outras
casinhas. Passei por elas para conhecer. Depois, peguei meu caminho até o
cachoeirão do alto/por cima.
aqui comecei a ouvir barulho de água e...
Parei uns segundos nesse lugar para me refrescar. Água geladinha. Muito bom.
Uma fonte de água perto da toca do gavião
Pessoal acampado na toca do gavião
Atravessa o córrego até achar a trilha do outro lado
Esse caminho para o cachoeirão é um grande descampado. Fiz sozinho e foi
mágico! O caminho inteiro só tinha eu, as montanhas, meus pensamentos e Deus.
Foi incrível! No caminho, assim que cheguei na toca do gavião, finalmente vi algumas
pessoas. Conversei com o pessoal que estava lá na toca do gavião e percebi que já
os tinha visto em algum lugar. Creio que na igrejinha. Me despedi e segui meu
caminho. Eles estavam acampados na toca desde o dia anterior e já tinham
conhecido o cachoeirão. Hoje iriam para a casa da dona Raquel.
Continuando o meu caminho, uns poucos minutos de ter saído da toca do gavião vi
uma cobra gigante. Papo de um metro e pouco. Assim que a vi, ela estava indo
para dentro da mata se esconder. Era preta, vermelha e branca. Muito bonita.
Não sabia se era venenosa ou não. Só sei que fiquei congelado olhando ela se
esconder, quando resolvi pegar o celular para tirar uma foto ela já havia indo
embora. Hehe. Tem coisas que são para ficar só nas nossas lembranças mesmo. Sem
registros.
Depois pesquisando na internet vi que a cobra é era uma cobra Coral. Se era
verdadeira ou falsa, não sei. Só sei que assim que ela se escondeu, dei um
minuto mais ou menos esperando e passei correndo pelo lugar que ela estava e
ainda deu um pulo no exato ponto onde ela estava, hahahaha. Me caguei todo, mas
continuei o meu caminho.
Cheguei perto de um córrego e perdi um tempo ali para achar a trilha certa. Não
sabia se tinha que atravessar ou não. Acabei atravessando e achando a
continuação do outro lado. Passei por um poço e acabei chegando no mirante 1.
Lugar lindo. Fui o primeiro a chegar ali naquela área. De lá, cerca de uma hora
depois, vi um grupo chegando no outro mirante, o mirante 2.
Um poço perto dos mirantes
Mirante 1
Tirei um monte de foto repetida para ver se iria gostar de alguma, hahaha
Mirante 2
Mais um monte de foto igual, rs
Depois ter tirado bastante foto ali no mirante 1, ter comido um pouco, bebido
água, ai sim que vi o pessoal chegando no mirante 2. Fiquei esperando eles
virem até onde eu estava, mas demoraram muito. Então fui até eles. Lá pedi para
tirarem foto pra mim. Depois, segui meu caminho de volta para o pati.
Voltando do cachoeirão encontrei algumas pessoas. Maioria cansada, hehehe. Dei
as dicas que me pediam. Vi um casal andando sozinhos e perguntando sobre água.
Eles estavam com 6 litros de água para os dois. hahahaha. água é o que não iria
faltar para eles.
Assim que cheguei quase no final, vi que era umas meio dia, ou uma da tarde...
resolvi então caminhar até a cachoeira dos funis já que eu não cheguei a
conhecer no dia anterior. E lá fui eu em direção aos Funis.
Cheguei na cachoeira
cachoeira dos funis
Realmente o lugar é muito bonito. Ali eu relaxei legal. O dia foi bem cansativo
e esse banho de cachoeira veio no momento certo. Depois de muito curtir a
cachoeira, orar debaixo de sua queda, comer e descansar um pouco, era a hora de
voltar para a casa do Sr Agnaldo.
Chegando na casa de Agnaldo, finalmente o conheci pessoalmente, lanchei,
descansei e fiquei sabendo que as meninas que resolveram esperar o guia para ir
no cachoeirão se deram mal: acabaram desistindo no meio do caminho e não
conheceram. Começaram muito tarde e o guia abortou a caminhada até lá.
Paciência...
Acabou que conheci quase tudo que queria ali no Pati. Só faltava conhecer a
prefeitura e a cachoeira do Calixto. Mas, como as meninas estavam muito
cansadas, e já não tinham conhecido nem o morro castelo e nem o cachoeirão por
cima, não quis abusar e deixei elas escolherem o que e como faríamos para
voltar para o carro no dia seguinte. Eu queria voltar indo pela cachoeira do
Calixto, mas já sabia (mesmo antes de sair de casa lá no rio de janeiro) que
era um caminho um pouco complicado e difícil... Como as meninas já estavam
cansadas, acabou que falei para a gente voltar pelo mesmo caminho que viemos no
primeiro dia. Era um caminho que todos já conheciam e sabiam que era bem
tranquilo. Toparam.
Jantamos (meu miojo e ovo cozido, haha), e então fui dormir porque o dia
seguinte seria a volta para o carro lá em bomba.
Dia 4 – 02/01/2018 – Casa do Sr Agnaldo
x Voltar para Bomba
Acordei,
tomei meu café da manhã e tentei me livrar de toda a comida para ir bem leve.
Victor resolveu ir de volta com a gente. Praticamente todos os dias que passei
no vale do Pati, comprei o pão caseiro deles. Vale muito a pena. É bem
consistente e alimenta muito bem.
A gente e a família do Sr Agnaldo (ele é o de camisa verde)
Pegamos
nossas coisas e começamos nossa caminhada. No final do dia anterior comecei a
sentir um pouco de dor de barriga, hahaha. Assim que começamos a nossa
caminhada, parei na casa do Sr Wilson e fui no banheiro dar uma carimbada,
hahaha. Me alivou legal. O pessoal foi na frente... Fui andando um pouco mais
rápido e consegui alcançá-los. No caminho antes de chegar na rampa, vimos uma
filhote de coral.
filhotinho de coral
Chegamos
na rampa e tiramos mais fotos. Melhore que as do primeiro dia. Isso valeu muito
a pena. Assim que chegamos no mirante da rampa, sem perceber pegamos o caminho
que levaria até Guiné. Não percebi. Estava seguindo o pessoal que estava na
frente. Assim que chegamos numa porteira estranhei e fui o olhar o wikiloc/GPS.
Vi que estávamos no caminho errado. Greice me deu esporro, hahaha. Culpa minha.
Voltamos e fomos para o caminho certo. Dessa vez foi tudo mais rápido. Já
conhecíamos o caminho então, nem para tirar fotos paramos muito.
Não
paramos nas cachoeiras, logo foi tudo mais rápido. Assim que chegamos em bomba,
já um pouco cansados, fomos tomar um açaí. Não tenho o costume de tomar Açaí
mas até esse foi bem gostoso.
Paramos para comer algo
Açaí
Fim de Travessia
Voltamos
para o carro e graças a Deus ele estava inteiro. Só um pouco sujo, o que é
normal. Muito barro por ali. Guardamos nossas mochilas na mala, pegamos o
caminho de volta para o camping Mangalô, que já estava pago quando saímos de lá
no primeiro dia da travessia. Achei importante deixar logo reservado um
cantinho para descansar assim que saímos da travessia. Foi ótimo. No caminho
deixamos o Victor no camping dele, passamos pelo circo e finalmente chegamos no
camping Mangalô. Só alegria e boas recordações. Obrigado Deus.