domingo, 13 de janeiro de 2019

Vale do Pati, na Chapada da Diamantina

No dia anterior, 29/12/2018, tínhamos conhecido a cachoeira da fumaça e passeado no Vale do Capão durante a noite. Desta vez era a hora de ir fazer a travessia/circuito do Vale do Pati e passar o réveillon lá.

O planejado era o seguinte:
  • 1º dia, caminhar de bomba até a igrejinha.
  • 2º dia, da igrejinha ir até casa de Sr Agnaldo deixar as cargueiras e ir conhecer a cachoeira dos funis e o cachoeirão de cima. Voltar para pernoitar em Sr Agnaldo.
  • 3º dia, subir o morro castelo. Como achei que seria algo muito difícil, deixei o dia só para isso.
  • 4º dia, voltar para bomba passando pela prefeitura e a cachoeira do Calixto.

Mas, como tudo na vida nem sempre sai como planejado, o caminho que realmente fizemos pode ser visto clicandoaqui. Depois vi que o que fizemos foi bem melhor. Só o último dia que mudaria fazendo o que realmente foi planejado, que era a volta pela prefeitura e a cachoeira do Calixto. O bom que assim tenho um motivo para voltar.


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Acabou que do planejado, só inverti o dia 2 com o dia 3, e o dia 4 voltei fazendo o mesmo caminho do dia 1. Mas, enfim... vamos aos relatos:



Dia 1 – 30/12/2018 – Bomba até a Igrejinha
Acordamos cedo no camping Mangalô, tomamos nosso café, pagamos antecipado a nossa estadia quando voltar da travessia no dia 02/01/2018, pegamos o carro e partimos para Bomba.


Começamos nossa caminhada e já de cara se passa pelo córrego da galinha. A travessia inteira se passa por vários córregos, mas não precisa se preocupar pois são rasos e tem pedras o que possibilita atravessá-los passando por elas e nem se quer molha os pés. Nem precisa tirar as botas.
Logo de cara, na travessia do segundo córrego, as duas húngaras Sarolta e Helena, que já não tinham experiência em travessias – e só descobri ali na hora – estavam ficando pra trás. Como foi Greice que tinha chamado elas, não falei nada. Ficamos sempre aguardando elas chegarem. Colocaram muita, mas MUITA comida e MUITA bebida na mochila. Ficaram pesadas e ainda estavam tirando muitas fotos. Depois ainda descobri que Helena tinha problemas nas costas. Deu vontade de matar a Greice por chama-las, hahaha. Muito doida. Chamou gente sem experiência para uma caminhada de aproximadamente 80 km no total. Mas, já estávamos ali... agora era hora de chupar essa manga.
Eu fiquei responsável pela logística: ver o caminho até lá, o que fazer, reservar os lugares para ficar, ver os preços, distâncias percorridas, gasolina, pedágio, etc. Com Greice, deixei apenas ela decidir quem iria com a gente já que iríamos no carro dela. Acreditei nela quando me disse que as Húngaras tinham experiência, hahaha. Enfim...
Chegamos numa bifurcação que levaria até a cachoeira da Angélica.

Cachoeira da Angélica
Achei bem sem graça e as meninas nem acharam lá grandes coisas. Também não. Continuamos a nossa caminha e nem paramos por ali. Continuamos nossa caminha sentido cachoeira da purificação.
Determinado momento, seguindo o track que tinha baixado, fiquei um pouco confuso. A trilha acabava perto no rio e não tinha nenhuma descrição do que ou para onde seguir. Pensei que tinha errado o caminho e voltei um pouco, para ver se tinha perdido alguma bifurcação ou algo do tipo. Nada. Voltei a ponto em que a trilha acabava no rio e tentei achar a continuação da trilha. Era para atravessar para o outro lado do rio, mas não tinha nada dizendo no tracklog. As meninas já estavam um pouco cansadas e isso piorou o psicológico delas. Chegou um guia ali com um grupo justamente indo para a cachoeira da purificação. As meninas falaram com ele enquanto eu tentava achar a trilha. Vi que o guia estava fazendo o mesmo caminho que eu, até que atravessou o rio. Era só fazer isso, hahaha. Ali estava a continuação da trilha. Como o guia já estava ali, fomos com o pessoal.

cachoeira da purificação




Conversando com o guia falamos da  tal bifurcação que tinha um atalho para o Gerais do rio Preto. Ele até lembrou, mas falou que o caminho era ruim. Isso eu já sabia. Resolvemos pegar o tal atalho... puts. Pior coisa que fizemos, hahaha. Caminho todo fechado e com capim navalha! Esse é o pior. Se fosse fechado, mas com um mato normal, beleza. Mas capim navalha vai te cortando todo, rasgando suas roupas, te machucando... uma merda! Ainda estava com três meninas, sendo duas dela sem experiência... aí já viu. Hahaha. Abortamos a ida nesse atalho voltamos tudo até a trilha oficial.
Assim que chegamos no caminho oficial, o cansaço, a fome e o psicológico bateu nas meninas. Queriam desistir, contratar um guia e tentar de novo no dia seguinte. Falei que nunca na vida faria isso, hahaha. Conversei com as húngaras e as convenci a continuar a travessia. Greice já não tinha psicológico nenhum. Ela anda bem, mas não tem muita estabilidade psicológica para o desconhecido. A convencia seguir também.
Assim que saímos da mata, se chega em um dos pontos de água mais bonito durante esse primeiro dia.

Foto no 1º dia

Foto no 1º dia

Ponto com água corrente


Ali é água corrente e um bom ponto  para descansar um pouco. Abasteci meu reservatório de água, comi um lanche e seguimos o nosso caminho. A partir daí, começa cenários lindos. Lugar magnífico. Infelizmente nesse primeiro dia o tempo não estava aberto e as fotos não ficaram tão bonitas. Como voltamos pelo mesmo caminho no último dia, vou usar tanto as fotos do primeiro como a do último dia.



Foto no 4º dia

Foto no 4º dia

Chegamos numa bifurcação e as meninas reclamando um pouco de cansaço. Falei que dava para fazer um camping selvagem bem ali no Rancho. Mas eram três da tarde. Tinha muito sol pela frente ainda. Íamos ficar de três da tarde até o dia seguinte sem fazer absolutamente nada, hahaha. Então elas se prontificaram a andar mais um pouco e assim fomos. Próximo desafio era o “quebra bunda”.

esquerda leva até o rancho. Fomos pela direita logo

subindo o quebra bunda

mirante do quebra bunda

pensamentos voando longe

Olha pra foto poxa! hehe





Assim que começamos o caminho para o “quebra bunda”, eu passei, depois Greice passou e viu uma cobra marrom. Deu um grito tão alto que chegou a escorregar e cair pra trás. A cobra, sem dúvida correu como nunca para se esconder. Hahaha. Foi um susto da porra, mas muito engraçado também. Todos recompostos, começamos a subida. Achei que iria ser super difícil, já que esse nome, quebra-bunda, já assusta. Mas... até que é tranquilo. Só ter cuidado para não escorregar e cair de bunda no chão, pois vai quebrar. Hehehe.
No mirante do quebra-bunda vimos restos de acampamento. Fogueira. Ali realmente é um lugar maravilhoso e merece um camping selvagem. Tem um pequeno ponto com água ali em cima. O visual é incrível. Da vontade de acampar ali, mas, seguimos nosso caminho.




muro de pedras

foto no 1º dia

A partir daí é um caminho bem legal e tranquilo. Plano e super bem definido. Lindo. É uma caminhada longa mas vale cada passo. Passamos pelo muro de pedra até que chegamos no mirante do pati. Ali apareceu um rapaz, Victor, que estava sozinho, perguntando se alguém tinha esquecido um cartão. Era da Helena. Ela deixou cair e ele achou no meio do caminho. Perguntou se poderia ir com a gente e concordamos na hora. Tiramos algumas fotos ali no mirante do pati. Próximo desafio, e o que requer mais cautela, era a descida da rampa.

Foto no 4º dia




A descida da rampa requer um pouco de cuidado. Não é nada impossível, mas não é um caminho que você pode ir sem atenção. Tem ver bem onde está pisando, pra não cair e/ou se machucar. Como começamos a descer e já tinha caído a noite, a atenção foi redobrada. Lanternas na mão, todo o cuidado possível e continuamos a descer.

Essa é a rampa. Vai descer esse "murão" de pedras ae. Só ir com cuidado. Só seguir o caminho

Chegamos no final da rampa e viramos a esquerda sentido igrejinha. Faltava pouco. Já estava escuro e a gente bem cansado.



Ao chegar na igrejinha, estava BEEEEM cheio. Quartos todos ocupados já. Só tinha camping disponível. Como eu levei a minha barraca, estava tranquilo. As húngaras só tinham levado o saco de dormir. Conseguiram uma vaga no meio dos quartos dos guias, graças a Deus.

Forró


Montei minha barraca, tomei meu banho (frio), jantei meu miojo com ovo cozido e comi brigadeiro de panela que alguém ali deixou largado para o restante do pessoal do camping. Estava rolando um forró. Embora eu adore dançar um forrozinho, minhas pernas já não me obedeciam. Hahaha. Sem condições de dançar. Comi e fui dormir.



Dia 2 – 31/12/2018 – Igrejinha x Casa do Sr Agnaldo
Acordamos e já fui tomar meu café da manhã. O tempo ali, pelo que todos estavam falando, inclusive guias, amanhece sempre nublado e vai abrindo com o tempo. Foi o que aconteceu. Acordei e estava fechado, depois foi abrindo. O sol apareceu forte, finalmente.


igrejinha


tem um mercadinho

Pegamos nossas mochilas e comecei a seguir o tracklog que tinha pego antes de começar a viagem. Ele ia por cima, passando pelo cemitério e indo até o rio funis.


cemitério


rio funis

Fomos seguindo esse caminho até que chegou no rio funis em si. Vi que o caminho estava um pouco confuso e teria que seguir pelo rio. Eu e Victor fomos na frente para ver como era. Vimos que não era difícil, mas como as meninas estavam muito cansadas, resolvemos abortar o caminho por ali e voltar até a igrejinha toda e voltar até a "trifurcação" lá na descida da rampa. Achamos melhor pegar esse caminho que seria mais fácil.
Ao chegar na igrejinha, paramos um pouco e acabamos conhecendo o guia Kleber, que ia para a casa do Sr Agnaldo também. Resolvemos então ir com ele, já que ele dizia que dava para ir por ali sem ter que  voltar tudo até a rampa. Resolvemos seguí-lo e realmente foi de boa. Fomos pela estrada, digamos assim. Não foi bem uma trilha. Importante que chegamos lá com as meninas ainda inteiras.




casa de Agnaldo e Rose

Como o pessoal estava andando muito lento, resolvi ir na frente eu e mais um rapaz que estava no grupo do guia. Acabei sendo o primeiro a chegar na casa do Agnaldo. Já fui logo falando com a Rose, esposa do Agnaldo. Agnaldo em si, só vim a conhecer no penúltimo dia. Em todo caso, reservei logos as camas com a Rose e guardei minha mochila cargueira. Fiquei só esperando o povo chegar.
Demoraram um pouquinho mas chegaram. Com isso já era quase meio dia. Como já estava um pouco "tarde" para começar uma trilha, resolvi subir o morro castelo que era bem ali perto. As meninas resolveram seguir o guia e ir nas cachoeiras dos Funis (bem mais light).

tem que ir pro lado direito da foto e pegar a trilha ali subindo


Entrada da gruta


Mirante antes de chegar no topo do castelo









Para chegar no topo do morro castelo se passa por uma gruta/caverna. Foi Muito legal aquilo. Fiz essa subida toda sozinho. Passei pela gruta sozinho também. Foi uma experiência foda! Lá em cima, já no mirante, conheci 4 meninas. Acabei tirando foto pra elas e elas tirando foto pra mim. Na hora de descer, desci com a companhia delas também. Muito gente boa. Elas são da Bahia mesmo. Estavam usando o wikiloc para orientação, assim como eu. Até adicionei uma delas no meu instagram.


Ao chegar no rio Funis, me despedi das meninas da Bahia, combinei de nos encontrarmos no forró do réveillon na casa de Dona Raquel a noite, e voltei para a casa do Sr Agnaldo. Quando cheguei, as meninas que vieram comigo ainda não tinham voltado da trilha até a cachoeira dos funis. Só chegaram depois de uma hora mais ou menos.

Comemos, descansamos um pouco, jogamos conversa fora na frente da fogueira e fomos dormir para descansar um pouco. Combinamos de acordar para ir no forró. Antes de ir descansar, tomamos uma vodka que a Helena trouxe lá do país dela, demos o feliz ano novo antecipado e fomos finalmente descansar um pouco.

Paguei a janta nesse dia. R$ 40,00. Um pouco caro, mas vale a pena. comida boa no meio do nada.

Acordei um pouco antes do combinado e vi que tinha um pessoal já indo para o forró. Levantei, mas estava muito cansado e com preguiça, além das meninas não terem levantando também. Voltei a dormir. Acordei com os fogos do reveillon, hahahha. As meninas também acordaram com os fogos, demos o feliz ano novo deitado em nossas camas mesmo, hahahaha, e voltamos a dormir. Foi o réveillon mais doido que já passei. hahaha. Deitado na cama. Mas super feliz!



Dia 3 – 01/01/2018 – Casa do Sr Agnaldo x Cachoeirão de cima e Funis
Acordei cedo e tomei café da manhã do Sr Agnaldo (R$ 40,00). Achei esses valores um pouco altos. Não dava para fazer todos os dias o café da manhã e a janta, mas eu queria provar. Como já tinha provado a janta no dia anterior, dessa vez foi a hora de provar o café da manhã. Tanto para a janta como para o café da manhã, não é farto não: não tem várias opções não. É o que está ali e pronto. É feito tudo contado, para não haver sobras. O que na verdade é muito bom. Evita desperdício. Quem estiver disposto a gastar um pouco mais, e ir mais leve durante as travessias não precisando levar muita comida, até vale a pena. Eu, preferi provar só 1 janta e só 1 café da manhã. Levei toda a comida na minha mochila cargueira. O que acho que realmente vale a pena é dormir no quarto em vez de carregar barraca. Aí sim são os 40 reais muito bem gastos. Por outro lado, as famílias que vivem ali, depois que a Chapada Diamantina virou parque, elas foram proibidas que cultivarem gado e outras frutas/hortaliças. Ficam um pouco dependente da renda desse turismo. Então é sempre bom ajudar... Mas, continuando os relatos...
Acordei bem cedo e vi que as meninas queriam esperar o guia, já que ele iria para o cachoeirão de cima também. Só que no dia anterior ele já tinha demorado bastante, e eu já tinha estudado essa trilha e sabia que era um caminho longo. Perguntei se realmente elas não queriam ir comigo. Se iam esperar mesmo o guia. Como disseram que sim, e eu estava ali para explorar, meti o pé e fui sozinho. Peguei minha mochilinha de ataque e parti! Começar o ano novo, trilhando e indo para as cachoeiras. E vamo que vamo!


Casa do sr Wilson

Casa da Dna Leia

Entrada da casa da Dna Raquel

Assim que saí da casa sr Agnaldo vi que pelo caminho dava para passar em outras casinhas. Passei por elas para conhecer. Depois, peguei meu caminho até o cachoeirão do alto/por cima.



aqui comecei a ouvir barulho de água e...

Parei uns segundos nesse lugar para me refrescar. Água geladinha. Muito bom.








Uma fonte de água perto da toca do gavião

Pessoal acampado na toca do gavião

Atravessa o córrego até achar a trilha do outro lado

Esse caminho para o cachoeirão é um grande descampado. Fiz sozinho e foi mágico! O caminho inteiro só tinha eu, as montanhas, meus pensamentos e Deus. Foi incrível! No caminho, assim que cheguei na toca do gavião, finalmente vi algumas pessoas. Conversei com o pessoal que estava lá na toca do gavião e percebi que já os tinha visto em algum lugar. Creio que na igrejinha. Me despedi e segui meu caminho. Eles estavam acampados na toca desde o dia anterior e já tinham conhecido o cachoeirão. Hoje iriam para a casa da dona Raquel.
Continuando o meu caminho, uns poucos minutos de ter saído da toca do gavião vi uma cobra gigante. Papo de um metro e pouco. Assim que a vi, ela estava indo para dentro da mata se esconder. Era preta, vermelha e branca. Muito bonita. Não sabia se era venenosa ou não. Só sei que fiquei congelado olhando ela se esconder, quando resolvi pegar o celular para tirar uma foto ela já havia indo embora. Hehe. Tem coisas que são para ficar só nas nossas lembranças mesmo. Sem registros.
Depois pesquisando na internet vi que a cobra é era uma cobra Coral. Se era verdadeira ou falsa, não sei. Só sei que assim que ela se escondeu, dei um minuto mais ou menos esperando e passei correndo pelo lugar que ela estava e ainda deu um pulo no exato ponto onde ela estava, hahahaha. Me caguei todo, mas continuei o meu caminho.
Cheguei perto de um córrego e perdi um tempo ali para achar a trilha certa. Não sabia se tinha que atravessar ou não. Acabei atravessando e achando a continuação do outro lado. Passei por um poço e acabei chegando no mirante 1. Lugar lindo. Fui o primeiro a chegar ali naquela área. De lá, cerca de uma hora depois, vi um grupo chegando no outro mirante, o mirante 2.



Um poço perto dos mirantes


Mirante 1


Tirei um monte de foto repetida para ver se iria gostar de alguma, hahaha




Mirante 2

Mais um monte de foto igual, rs




Depois ter tirado bastante foto ali no mirante 1, ter comido um pouco, bebido água, ai sim que vi o pessoal chegando no mirante 2. Fiquei esperando eles virem até onde eu estava, mas demoraram muito. Então fui até eles. Lá pedi para tirarem foto pra mim. Depois, segui meu caminho de volta para o pati.
Voltando do cachoeirão encontrei algumas pessoas. Maioria cansada, hehehe. Dei as dicas que me pediam. Vi um casal andando sozinhos e perguntando sobre água. Eles estavam com 6 litros de água para os dois. hahahaha. água é o que não iria faltar para eles.
Assim que cheguei quase no final, vi que era umas meio dia, ou uma da tarde... resolvi então caminhar até a cachoeira dos funis já que eu não cheguei a conhecer no dia anterior. E lá fui eu em direção aos Funis.






Cheguei na cachoeira







cachoeira dos funis

Realmente o lugar é muito bonito. Ali eu relaxei legal. O dia foi bem cansativo e esse banho de cachoeira veio no momento certo. Depois de muito curtir a cachoeira, orar debaixo de sua queda, comer e descansar um pouco, era a hora de voltar para a casa do Sr Agnaldo.
Chegando na casa de Agnaldo, finalmente o conheci pessoalmente, lanchei, descansei e fiquei sabendo que as meninas que resolveram esperar o guia para ir no cachoeirão se deram mal: acabaram desistindo no meio do caminho e não conheceram. Começaram muito tarde e o guia abortou a caminhada até lá. Paciência...
Acabou que conheci quase tudo que queria ali no Pati. Só faltava conhecer a prefeitura e a cachoeira do Calixto. Mas, como as meninas estavam muito cansadas, e já não tinham conhecido nem o morro castelo e nem o cachoeirão por cima, não quis abusar e deixei elas escolherem o que e como faríamos para voltar para o carro no dia seguinte. Eu queria voltar indo pela cachoeira do Calixto, mas já sabia (mesmo antes de sair de casa lá no rio de janeiro) que era um caminho um pouco complicado e difícil... Como as meninas já estavam cansadas, acabou que falei para a gente voltar pelo mesmo caminho que viemos no primeiro dia. Era um caminho que todos já conheciam e sabiam que era bem tranquilo. Toparam.
Jantamos (meu miojo e ovo cozido, haha),  e então fui dormir porque o dia seguinte seria a volta para o carro lá em bomba.



Dia 4 – 02/01/2018 – Casa do Sr Agnaldo x Voltar para Bomba
Acordei, tomei meu café da manhã e tentei me livrar de toda a comida para ir bem leve. Victor resolveu ir de volta com a gente. Praticamente todos os dias que passei no vale do Pati, comprei o pão caseiro deles. Vale muito a pena. É bem consistente e alimenta muito bem.

A gente e a família do Sr Agnaldo (ele é o de camisa verde)



Pegamos nossas coisas e começamos nossa caminhada. No final do dia anterior comecei a sentir um pouco de dor de barriga, hahaha. Assim que começamos a nossa caminhada, parei na casa do Sr Wilson e fui no banheiro dar uma carimbada, hahaha. Me alivou legal. O pessoal foi na frente... Fui andando um pouco mais rápido e consegui alcançá-los. No caminho antes de chegar na rampa, vimos uma filhote de coral.

filhotinho de coral

Chegamos na rampa e tiramos mais fotos. Melhore que as do primeiro dia. Isso valeu muito a pena. Assim que chegamos no mirante da rampa, sem perceber pegamos o caminho que levaria até Guiné. Não percebi. Estava seguindo o pessoal que estava na frente. Assim que chegamos numa porteira estranhei e fui o olhar o wikiloc/GPS. Vi que estávamos no caminho errado. Greice me deu esporro, hahaha. Culpa minha. Voltamos e fomos para o caminho certo. Dessa vez foi tudo mais rápido. Já conhecíamos o caminho então, nem para tirar fotos paramos muito.








Não paramos nas cachoeiras, logo foi tudo mais rápido. Assim que chegamos em bomba, já um pouco cansados, fomos tomar um açaí. Não tenho o costume de tomar Açaí mas até esse foi bem gostoso.


Paramos para comer algo

Açaí



Fim de Travessia

Voltamos para o carro e graças a Deus ele estava inteiro. Só um pouco sujo, o que é normal. Muito barro por ali. Guardamos nossas mochilas na mala, pegamos o caminho de volta para o camping Mangalô, que já estava pago quando saímos de lá no primeiro dia da travessia. Achei importante deixar logo reservado um cantinho para descansar assim que saímos da travessia. Foi ótimo. No caminho deixamos o Victor no camping dele, passamos pelo circo e finalmente chegamos no camping Mangalô. Só alegria e boas recordações. Obrigado Deus.

Greice, Sarolta, Victor, Marcelo (eu) e Helena

2 comentários:

Eduardo Castto disse...

Marcelo, tudo bom?

Ainda me familiarizando com o wikiloc, fico com um questionamento. O app deixa claro onde é o início da trilha? Por que pelos relatos que li, não existem placas direcionando onde é que a trilha começa e etc

Marcelo Ferreira disse...

Olá Eduardo.
Desculpa a demora em responder. só vi o comentário agora.
o inicio da trilha é bem em bomba. Assm que se chega em bomba, tem o caminho bem definido a se seguir e foi onde eu justamente comecei a gravar o meu tracklog no wikiloc. Só seguir e ir tranquilo. Qualquer dúvida, só falar. Um abraço e boa aventura.