Eu e Valmir fomos os primeiros a
chegar no ponto de encontro, na rodoviária Novo Rio. Depois Fernanda, Ana Paula... Com o tempo foi
chegando todo mundo. Acabamos saindo um pouco depois das 19h. Pegamos a estrada
com o motorista Beto. Mandou super bem. Já em Minas Gerais iriamos pegar o
nosso guia Francisco Chico Trekking.
Como fizemos algumas paradas longas,
chegamos muito tarde para começar a travessia. Começamos por volta das 10 da
manhã. Maioria dos relatos começa por volta das 6h. Mas, chegamos e era hora de
começar a nossa pernada. Você consegue ver todo o caminho que fizemos clicando aqui.
1º Dia – 02/11/2018 – Portaria do Parque Estadual Itambé x Casa do Seu
Santo
Sabíamos que esse seria o dia
mais difícil. ~22 km, porém subindo montanha.
Chegamos no parque, registramos
nossa presença no livro, tiramos algumas fotos e lá começamos a caminhar.
Entrada para cachoeira santa clara. Não fomos por ter pouco tempo |
Cachoeira do neném |
Sabíamos que não tinha muito tempo. Então tiramos algumas fotos e já partimos para a caminhada mais uma vez. Erick não se ligou nisso e acabou entrando na cachoeira. Minutos depois percebeu que esqueceu o relógio e teve que voltar, hehe.
Começamos a andar de novo, um
subidinha e logo se chegou na bifurcação da para a cachoeira do rio vermelho.
Também não tínhamos tempo para ir até ela. Uma pena. Tinha visto lindas fotos
de lá, mas são 3 km para ir e 3 km para voltar.
Pegamos um pequeno atalho, saindo
da estrada de barro e chegando no ponto inicial da trilha para o pico do
Itambé. Minutos depois chegamos na casa Seu Joaquim. Ali fizemos um pequeno
lanche e reabastecemos nossos reservatórios de água. Fui para trás da casa
fazer um xixi e acabei vendo dois pássaros absurdos de lindos, na cor da
bandeira do Brasil. Ao fundo deles, um beija-flor. Foi uma
mijada privilegiada.
Andamos mais um pouco e avistamos
uma cachoeira ao longe. Era a cachoeira do Itambé. Chico falou que não tem
trilha até ela. É fechada de propósito. Conservar. Mais adiante chegamos numa
formação rochosa chamada lapa do morcego. Tem um banquinho ali para descansar.
Cachoeira ao fundo. Pena que celular não registra bem. |
Deixando a lapa do morcego para
trás, chegamos numa placa informando que ali era o último ponto com água até o
final do pico do Itambé. É bom abastecer ali. É um chão bem íngreme e longo até
o topo. Sem falar que tem que ter água suficiente para poder descer o pico também.
Começamos nossa subida. Depois de
um bom tempo caminhando, se chega na ponte pênsil, chamada de Rebentão. Várias
andorinhas passando por ali. Muito bonito o local. Como eu e Francisco
estávamos muito adiantados do pessoal, resolvemos parar um pouco por ali e
esperar. Andar naquela ponte foi bem legal.
Andamos mais um pouco e chegamos
no pico do Itambé. Já estava ficando um pouco tarde. Chegamos no pico por volta
das 17h. Logo, logo o sol iria se por.
Depois de descer o pico Itambé,
já a noite, paramos um determinado momento para se agrupar. Com as lanternas
acesas, Rosineri viu um escorpião. Peguei o meu celular e tratei de filmar.
Nunca tinha visto um assim... livre na natureza.
Andamos mais um pouco e chegamos
num ponto com água. Ainda tinha bastante, nem enchi. Depois de andar
infinitamente no escuro, sem ver muita coisa, passamos pelo córrego da bicha
(tem esse nome por causa das onças que ali vivem), e finalmente chegamos na
casa do Seu Santo. Chegamos bem tarde. Por volta das 22h. Chico tinha ligado
para eles lá no topo do pico Itambé falando que íamos chegar bem tarde. Já
estavam preparados, tanto Seu Santo, como Dna Maria.
Eu, Raphael e Valmir fomos os
primeiros a chegar. Conversando com o Seu Santo ele falou que tinha opção de
alugar umas camas que estavam sobrando. Nós três aceitamos na hora. Maior
preguiça de montar a barraca.
Já tínhamos reservado a janta e
então enchemos o barrigão. Enquanto comíamos ficamos sabendo que o chuveiro era
quente aquecido com o fogo que vem do fogão a lenha. Adoramos! De barrigão
cheio, banho tomado... tomei 2 dorflex e apaguei na minha linda e confortável cama. Dormi muito bem.
2º Dia – 03/11/2018 – Casa do Seu Santo x Casa do Mozart
Esse dia seria bem mais
tranquilo, porém um pouco mais longo. ~24 km.
Após dormir muito bem, acordei
sem despertador. Já fui logo arrumando minhas coisas e tomar café da manhã. Fiz
ovo cozido com pão de forma e tomei meu mingau na caneca.
Depois de tudo pronto andei um
pouco pelo terreno. Fui ver a cachoeira. Foi eu e Erick pra lá. Lá já estavam Bruna
e Jaque. Tiramos algumas fotos e voltamos para o camping para pegar nossas coisas
e partir para a caminha desse segundo dia.
pulando a cerca |
Chegando no covão |
Após andar um pouco vendo formações rochosas bem diferentes pelo caminho, tendo que pular a cerca para voltar à trilha certa, finalmente chegamos no Covão. Uma escola que tem um orelhão público ali. Comemos um pouco e abastecemos nossos reservatórios de água. A partir dali é um caminho beeeeem longo sem pontos com sombra. Quase um grande deserto. Descampado. Antes de sairmos, ficamos sacaneando Valmir que não queria dividir os pacotinhos de Tang com a gelera, hehe.
Esse caminho é debaixo do sol...
mas é um caminho maravilhoso. Valmir e Negreiros estavam muito a frente e eu
olhava pra trás não via ninguém. Fiz esse trecho todo sozinho, praticamente. Um verdadeiro
momento em que você se encontra. Fui falando com Deus, sentindo o vento, olhando
os poucos animais por ali, admirando a grande serra das bicha/espinhaço ...
curtindo aquele momento. Foi bem legal.
Já chegando na entrada do Parque Estadual
Rio Negro, alcancei Valmir e Negreiros conversando com o guarda parque perto de
uma casinha verde.
pico dois irmãos ao fundo |
Minutos depois aparece Raphael num ritmo absurdo de rápido e nos alcança. Ficou só nós quatro ali. Passamos pela nascente do rio preto e fomos até a casa dos guarda parque.
zzzzzz |
Ficamos ali conversando com o guarda, bebemos água gelada (nossa, maravilhoso!) e deixou a gente recarregar os celulares um pouco ali na tomada. Ficamos um bom tempo esperando o pessoal chegar. Papo de 40 minutos. Raphael chegou a dormir.
De pé, era hora de voltarmos
todos juntos para nossa pernada até a casa do Mozart, que estávamos chamando de
casa do mozão, hehe.
Após cruzar alguns riachos,
chegamos finalmente na casa do Mozart. Chegamos por volta das 16h. Tinha camas
e colchões disponíveis. Peguei logo um pra mim. Depois fui num pocinho que tem
por ali, mas é bem sem graça. Bom para tomar um banho, quem quiser.
Casa do Mozart |
Esse dia foi bem tranquilo. Já na casa do Mozart, tem luz elétrica (abastecida por painéis solares), fogão e vários utensílios, além das camas. Banho frio. Fizemos nossa janta e ficamos conversando um bom tempo. Lá pras 20 ou 21h já estava todo mundo indo dormir praticamente.
3º Dia – 04/11/2018 – Casa do Mozart x Restaurante do parque Rio Preto
Esse dia também não seria muito
difícil. ~22 km.
Embora tenha acordado no meio da
noite com o calor, dormi bem também nesse dia. Uma cama faz a diferença. Calor
porque dormi com o saco de dormir por cima da cama. Medo de ter algum bicho ali
no colchão, hehe.
Tomei meu café da manhã (pão de forma
com ovo cozido e mingau), e o objetivo era sair bem cedo. Vimos o nascer do sol
ali na casa do Mozão. Foi legal.
Começamos a nossa pernada por
volta das 6 da manhã. Atravessamos alguns córregos, até que chegamos no córrego
das éguas.
Depois de andar um pouco
observando umas formações rochosas bem diferentes, chegamos na cachoeira do
crioulo
Entrei de cueca mesmo. Quis nem saber |
chegando cada vez mais perto da queda d'água |
Erick e eu debaixo da cachoeira. As meninas na água, voltando |
Depois de curtir bem a cachoeira,
fizemos um lanche por ali e partimos para o fim da travessia. Passamos pela
entrada da cachoeira sempre-vivas. Esta cachoeira dava para ir pelo caminho do
rio, porém Chico achou melhor ir pela trilha normal porque pelo rio ia demorar
mais. Como ainda tínhamos que ir pro RJ, não poderíamos nos demorar muito.
Fomos pela trilha normal.
Passamos por alguns mirantes, até
que chegamos numa casinha com uma fonte de água e banheiros. Demos um pequenos
descanso ali e logo continuamos a caminhada. Já bem cansados, o caminho dessa
casinha até o restaurante é uma estradinha porém algumas subidas chatas, mas
finalmente chegamos no restaurante.
Com o barrigão cheio, fiquei sabendo que dava para tomar banho no camping dali. Peguei minhas coisas na cargueira e fui pra lá. O caminho para o camping é praticamente uma travessia, hehe. Uma descida sem fim... Mas o banheiro é ótimo! Muito bom mesmo. Banho quente e muito limpo. Alguns passarinhos por ali também. Vale a pena ficar naquele camping.
Cansado... Mas MUITO feliz. Obrigado Deus. Mais uma.
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