quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Passeio na Serra da Canastra


Feriado de 15 de Novembro estava programado para ir fazer um passeio para a Serra da Canastra em Minas Gerais. Como o Raphael, líder e criador do grupo caveiras da montanha, estava querendo ir um dia antes para resolver alguns assuntos pendentes, perguntou quem poderia ir com ele um dia antes para ajuda-lo lá em Vargem Bonita. Me ofereci. Logo, iríamos nos encontrar no dia 13, terça-feira, à noite para pegar a estrada e chegar no sítio em Vargem Bonita no dia 14. São praticamente 13h de estrada (contando as paradas para comer e esticar as pernas). Assim o fizemos. Cheguei na rodoviária e quem iria antes era eu, Rapha, Fuji, Nathy e Cris. O combinado era nos encontrar lá pras 21h. Acabamos saindo as 22h de terça. Logo quando fui guardar a mochila cargueira no porta-mala do carro, já cortei o dedo hehe, mas não foi nada demais. Pegamos a longa estrada e íamos revezando no volante: Rapha, Eu e Fuji.


Dia 14/11/2018, quarta-feira – Dia de resolver pendências para o resto do grupo chegar bem
Chegamos no sítio por volta das 10h da manhã. Estava fechado. Entramos em contato com Joane e ficamos esperando ela chegar. Chegou numa 4x4 com o som alto. Chegou bem, hehe. Abriu a casa nos mostrou. Tinha tudo. Internet wifi, banho quente, camas, cozinha completa, etc. Falamos que precisávamos de bastantes colchões. Ela já havia trago uns 15, precisava de mais.







Ela nos levou e mostrou a outra casa que era no centro. Muito mais espaçosa, mas não estava mobiliada. Todo o resto do pessoal poderia ficar ali pois cabia bastante gente. A vantagem de estar ali que era perto de tudo: restaurantes, padaria, farmácia, cafeteria, mercado, pub, etc. Eu e Fuji resolvemos ficar na casa grande. Rapha e as meninas ficaram alojadas na casa do sítio.
Pegamos mais colchões e fomos organizando quem ia ficar aonde. Alocando o pessoal. Depois disso, fomos almoçar junto com a Joane.


Até ali o tempo estava muito bom. Durante o almoço começou a ventar muito e o tempo foi mudando. Choveu, mas não foi muito. Parou depois de um tempo. De barrigão cheio, nos despedimos da Joane e fomos andar pela cidade fazer algumas compras. Não só para gente, mas para ajeitar as coisas para o café da manhã para o pessoal do grupo que ia chegar no dia seguinte. Fomos conhecer as lojas, os bancos (e até que horas ficariam abertos), mercados, etc. Ver tudo que poderia surgir de dúvida para o pessoal.
Depois de tudo resolvido, todas as dúvidas sanadas, voltamos para o sítio para descansar. Apareceu maior sapão fazendo um banquete com os mosquitos mortos no chão.


Fazendo um banquete
Andamos um pouco pela cidade para ver se conseguíamos comprar uma pizza e conhecer o PUB da cidade. Até que foi legal.




Dia 15/11/2018, quinta-feira – Dia de cachoeira Casca D’anta e Lavrinhas
Acordamos cedo, tomamos um café nosso e ficamos esperando a empresa que contratamos chegar para colocar o café da manhã para o pessoal. A empresa chegou e já fomos organizando a mesa.
Depois de tudo pronto, o pessoal chegou. Mortos de cansados. Comeram à vontade. Aproveitamos e tomamos nosso segundo café da manhã.





Pessoal do passeio 4x4 chegou

O dia seria agitado. Assim que o povo tomou café, já fomos agitando o povo para se alocarem em seus quartos e irmos para o centro para começar os passeios com o 4x4 na empresa “canastra eco 4x4”.
Fiquei no carro do Gustavo. Super gente boa. Tinha um guia Marcelo (meu xará) também que conversei e também é muito gente boa. Os outros acabei que não conversei tanto. Não deu tempo, mas parecem ser bem amigáveis. O caminho que fizemos pode ser visto clicando aqui.

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De cara já fomos para a cachoeira Casca D’anta. O caminho até lá estava chovendo, mas mesmo assim é muito bonito e da para curtir bastante. Assim que chegamos no parque, paga-se a taxa de 20 reais e começamos a nossa caminhada. É bem tranquila. Para toda a família.







nas margens do velho chico

Nesse ponto costuma dar alguns patos mergulhão. Só ficam em água limpa.


Cachoeira casca d'anta. A primeira grande queda do rio São Francisco.







Infelizmente o tempo não estava legal e nem deu para curtir tanto o lugar. Devido as condições do tempo, a ida até a parte alta da cachoeira casca d’anta foi abortada e então resolvemos ir até a cachoeira da Lavra e Lavrinhas. Antes, paramos no restaurante da Joane para almoçar.





Carro do Gustavo que levou a gente

Restaurante da Joane


hora do almoço


Vista do Restaurante da Joane

De barrigão cheio, entramos nos carros para ir até a cachoeira lavras e lavinhas. Custo de uns 15 a 20 reais para entrar, se não me engano.





Cachoeira Lavrinhas

restos mortais de um tatu



Já quase anoitecendo, era hora de ir embora. Na volta, dentro do carro, passamos por uma cruz e uma capelinha em homenagem a uma escrava que foi morta ali. Pelo que entendi, engravidou de um branco importante, fugiu mas a acharam. Mataram ela e a criança. Não consegui tirar foto. Foi rápido.




hora de partir

Chegando em nossas casas, tomamos banhos, comemos um pouco e era hora de ir para rua. A cidade de Vargem bonita é bem pequena. Não há muito o que se fazer. Fomos para o PUB da cidade: Garimpub.




Depois de beber um pouco (peguei leve: só 3 Gin – estava MUITO barato), fomos para casa descansar. O dia seguinte seria visitar a parte alta do Parque Nacional da Serra da Canastra.


Dia 16/11/2018, quinta-feira – Curral de pedras, Nascente do velho chico e Capão Fôrro
Acordei cedo, e já fui tomando café com as coisas que levei. Depois o pessoal foi acordando e já partimos para o ponto de encontro para a empresa de 4x4 chegar. Bem em frente ao “Sabores da Canastra - Empório e café”. Nesse dia era passeio na parte alta do parque. Era necessário levar comida/lanches já que não tinha lugar para almoçar durante o trajeto. O caminho que fizemos pode ser visto clicando aqui.

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Subimos nos carros e começou o passeio. Passamos pela cidade de São Roque de Minas até que chegamos na portaria do parque canastra. Mais uma vez, 20 reais para entrar.

A gente e o nosso motorista Gustavo


Hora de pegar a estrada


Passamos por esse lugar que estava vendendo queijo e doces bem baratinhos

Entrada do parque


Pequena vista perto da entrada do parque

Chegamos ali no centro de visitantes e fomos no banheiro e bebemos água. Tem algumas histórias bem legais ali.




Passamos pela entrada da nascente do rio São Francisco e fomos diretos para o curral de pedras.







Curral de Pedras



Algumas pessoas viram veado por ali. Não vi nada. Na volta, fomos até a nascente do Rio São Francisco. Muito legal.




Monumento em homenagem ao São Francisco


Nascente







Depois de conhecer a nascente do rio são francisco, um dos rios mais importantes do Brasil, fomos até o complexo de cachoeiras Capão Fôrro.


Não estava de sunga, então entrei de cueca mesmo. hehe.


Cachoeira da Mata


Andamos de volta mais um pouco até que chegamos na cachoeira do Lobo

Cachoeira do Lobo




Metros a frente tem a linda e enorme cachoeira Capão Fôrro. Da para fazer um rapel nela.

Cachoeira Capão Fôrro

Bermuda molhada porque, claro, fui me batizar nela

Carol não se garantia muito nadando então levei ela até debaixo da queda da cachoeira Capão Fôrro. Foi bem legal.


Já todo mundo um pouco cansado, faltava apenas conhecer a cachoeira do pilão e um poço super profundo que tem ali. Pessoal costuma pular nele. O guia disse que é tão profundo que até hoje ainda não descobriram a profundidade.



Depois de lanchar e curtir as cachoeiras, era hora de voltar pra casa. No caminho paramos no “empório é nóis no canastra”. Comprei um queijo canastra meia cura e um pote de doce de leite com chocolate.


Esperando o povo terminar as compras

Assim que chegamos do passeio fomos almoçar no único restaurante aberto. O dono não é muito simpático, mas pelo menos teve comida para matar a nossa fome. Assim que entramos no restaurante, começou a chover. Demos sorte.
Fui pra casa, tomei banho e apaguei. Acordei com o povo me chamando para ir para o PUB da cidade mais uma vez. Fui. Ali resolvemos que o dia seguinte, que era um dia livre, iriamos fazer um churrasco e cada um deu 20 reais. Comi bastante pizza e bebi apenas um Gin.


Restaurante que comemos assim que acabou o passeio

a noite, partiu para o PUB

Olha o tamanho disso!

De volta ao Garimpub

Teve música ao vivo, mas eu estava dormindo em casa nessa hora, hehe

Saindo do pub, voltando pra casa, paramos num bar ali na cidade e ficamos dançando um pouco. Depois de um tempo, fomos todos para casa descansar.


Dia 17/11/2018, Sábado – Dia livre. Dia de trilha.
Tomei meu café da manhã com as sobras dos bolos que o café da manhã do primeiro dia levou. Algumas pessoas resolveram ir para Capitólio. Foram no carro da Ana. Não tinha vaga para mim, senão acho que eu ia também. Enfim... tinha que arranjar algo para fazer. Não queria ficar em casa à toa. Resolvi pegar o mapa que comprei no primeiro dia que cheguei aqui e fui ver o que se poderia fazer. Vi que a cachoeira mais perto ficava aproximadamente 4km de distância. Era a mais próxima no mapa também. Resolvi ir até lá andando. Falei da minha ideia e consegui algumas pessoas para irem comigo. O caminho todo que fizemos pode ser visto clicando aqui.

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Peguei minha bolsa, coloquei alguns biscoitos, amendoim, agua e partimos. Fomos até o sitio para ver se mais alguém queria ir com a gente. Antes avistamos o ninho de uma coruja. Chegando lá na casa não tinha ninguém. Só Tide e sua família. Eles não queriam ir. O resto do pessoal foi no centro fazer compra para fazer o churrasco de mais tarde.
Cansamos de esperar então partimos. Segui o caminho pela estrada que o google maps estava indicando.



Não entramos nela na ida. Só na volta que passamos por copacabana





Depois de quase duas horas andando, chegamos na portaria e estacionamento da cachoeira da Chinela e sete quedas. Custo de 10 para entrar.




Tinha um índio vendendo artesanato na entrada da cachoeira

Cachoeira da chinela








Ficamos um bom tempo ali curtindo a cachoeira da chinela. Porém, tinha visto no tracklog que peguei que tinha uma bifurcação e dava para ir até a cachoeira 7 quedas. Fiquei com aquilo na cabeça e resolvi voltar um pouco, sozinho, para caçar a tal bifurcação. Achei. Fui explorar. Comecei a subir até que cheguei no topo da cachoeira da chinela. Um pouco perigoso ali.


Andei mais um pouco, cruzei o rio até que cheguei na cachoeira 7 quedas. Cheguei ali sozinho. Foi bem legal. Logo depois chegaram mais dois rapazes de minas. Resolvi descer e chamar o pessoal.

Cachoeira 7 quedas



Satisfeitos, era hora de partir. Assim que voltamos para a portaria, conversamos com os locais e eles indicaram um caminho, um atalho passando por algumas propriedades privadas, que nos pouparia uns 4 quilômetros. Resolvemos segui esse caminho.
Seguindo as orientações que o índio tinha dado, começamos a andar. Atravessamos uns córregos até que chegamos num ponto sem saída. Sabíamos que tinha que dar na prainha de Copacabana. Mais uma vez tomei a frente e resolvi voltar um pouquinho. Achei uma bifurcação em que tinha uma porteira amarela. Entrei ali e achei Copacabana. Chamei o pessoal. Tivemos que cruzar o Rio São Francisco. Foi bem legal essa experiência.


Eu me batizando de verdade no velho chico



Depois de curtir e se batizar de verdade no velho chico, fomos para o sítio. La conversamos com o pessoal e pegamos o ônibus até a casa no centro. Comemos um pão de queijo recheado, tomamos banho e voltamos para o sítio por volta das 20h para começar o churrasco.



Botaram um forró só depois que eu já tinha ido. Sacanagem...

Carol, Fuji, Fernanda, Ana e etc, o pessoal que foi a capitólio chegou. Comeram e já foram embora para a casa no centro para descansar. Eu, como estava cansado, fiquei mais um pouco e logo-logo fui para a casa no centro também. Fui a noite e sozinho. Tranquilo. Cheguei na casa e já fui logo deitar. A mochila cargueira já estava praticamente pronta para poder ir embora pro rio no dia seguinte.


Dia 18/11/2018, domingo – Volta para o Rio de Janeiro
Acordamos cedo e tentamos sair cedo. Mas, com quase 30 pessoas no grupo, sempre atrasa um pouco. Saímos por volta das 9 da manhã. Dessa vez, no carro foi só eu e Rapha revezando na direção. Ficou Eu, Rapha, Nathy e Gioconda no carro. Fuji foi para carro da Ana para revezar na direção com ela.


Chegamos na rodoviária Novo Rio e eu e Valmir já fomos direto comprar passagem. Compramos as duas últimas passagens que sobraram. Muita sorte. Ainda ia pro Arraial do Cabo. Perfeito para mim! Cheguei em casa umas 2 ou 3 da manhã. Mais um sonho realizado. Era doido para conhecer a Serra da Canastra há alguns anos. Obrigado meu Deus. Satisfeito e realizado, e o melhor: com queijos e doces, hehe. Que venham as próximas aventuras.

Caveiras da Montanha na Serra da Canastra


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