Feriadão de Corpus Crist chegando e o planejado era fazer a famosa travessia Lapinha x Tabuleiro, em Minas Gerais. Ponto de encontro lá no posto shell perto da rodoviária. Cheguei cedo. Priscila também. Ali começamos a dividir quem leva o que. Eu, claro, com o mais pesado. Aos poucos foi chegando o pessoal. Assim que a van chegou, fui tentar ir na frente. isso porque eu já estava sentindo um pouco de dores no joelho - isso devido ao fato de eu ainda não ter me recuperado 100% da zika que eu peguei. Como eram 10 horas de viagem dali da rodoviária até o ponto inicial da travessia, tentei arranjar um bom lugar para não me ferrar mais ainda durante o trajeto.
Mesmo não 100%, consegui fazer bem a travessia. Escolhemos fazer pelo caminho mais difícil, pois tem ataque à dois picos. O caminho que fizemos pode ser visto clicando aqui.
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Primeiro dia – 31/05/2018
Chegamos em lapinha da serra,
descarregamos as mochilas e em 20 minutos aproximadamente começamos a
travessia. Assim que se chega tem uma cruz bem colorida em frente a igreja.
Poucos minutos se passa pela
lagoa da lapinha. Já começa a ficar bonito. Mais à frente se chega a portaria. R$
25 para entrar nessa área particular. Assina-se um termo e segue viagem.
Lagoa da Lapinha |
O caminho passa por acesso á
algumas cachoeiras. Outras você consegue ouvir o barulho d’água no caminho. Não
é permitido entrar nelas, já que os locais as usam para abastecimento de água
deles.
Fomos andando até que se chega no abrigo de montanha. Lá, fiquei impressionado com a limpeza do banheiro. Muito limpo e com sabonete líquido. Fizemos um pequeno lanche ali, descansamos uns minutos e seguimos nosso caminho até o ponto de ataque para o pico da lapinha.
Abrigo de montanha |
Ao chegar na bifurcação, largamos
as cargueiras ali mesmo no chão e fomos só com mochilinhas de ataque subir o
pico da lapinha.
Voltamos para as cargueiras e
continuamos nosso caminho. O caminho é muito bonito. Próximo destino era subir
o pico do breu.
Vista no pico do Breu |
Subindo o pico do Breu |
Totem |
Subir o pico do breu requer um pouco de atenção. Tem umas partes que são expostas e tem risco de queda, mas não é nada demais. Só ter cuidado e não fazer essa parte a noite. Chegamos no cume, fizemos uma pequena parada para curtir o visual e descansar um pouco. Pequeno lanche. Todos descansados, era hora então de descer o pico do Breu. Essa parte foi a pior parte de toda travessia: é muito íngreme e força bastante os joelhos. De cargueira pesada então... Como comecei a travessia já com um pouco de dor nos joelhos, foi tenso. Fui o último a descer. Tentei descer com a maior cautela possível para não me machucar e não estragar a travessia.
Ao chegar no solo dei graças a Deus. Passamos por uma cerca e logo mais cruzar o rio do Cipó.
Pico do Breu: subindo pela direita da foto, e descendo pela esquerda - haja joelhos |
Descendo o Breu |
Atravessar o rio Cipó |
Mais à frente chegamos na
prainha. Já estava anoitecendo. Contei a história que minha amiga Cíntia havia
me contado uns dias antes quando ela fez a travessia. Ela disse que não era bom
acampar na prainha porque os locais não gostam e costuma sacanear as pessoas
que ficam ali. Resolvemos respeitar, e ir acampar no camping Ana Benta.
Saímos da prainha e a noite caiu.
Erramos o caminho por um momento, mas não nos desviamos muito do certo.
Voltamos e logo logo chegamos no camping Ana Benta. Durante o caminho, já a noite,
só eu tinha a lanterna. Estava Eu e Priscila. Eu dava alguns passos à frente,
parava, e iluminava o caminho para Priscila chegar até a mim. E assim fizemos
até chegar no camping. Chegamos a noite, por volta das 19h.
Montamos a barraca e já fui caçar
um lugar para recarregar meu celular. Tinha bateria externa, mas não queria
usar para poder ter bastante energia para os próximos dias. Tomei meu banho
quente, jantamos bastante comida, batemos um papo na cozinha e partimos para a
barraca para dormir. Amanhã seria um grande dia!
Considerações sobre o camping
Ana Benta:
Sobre a casa: Tem energia
elétrica e banho quente incluso, vários utensílios de cozinha, fogão a lenha.
Oferece comida com um valor a parte.
Área do camping em si: amplo e
com bastante lugar para colocar barracas. Não tem ponto de energia.
Pagamos o valor de R$ 20,00 com o
camping e banho quente incluso. Pedi para recarregar o celular no ponto de
energia elétrica e Sr Lucas deixou de boa. A Ana Benta, que leva o nome do
camping, já é falecida. Quem administra é um parente dela, o Sr Lucas.
Segundo dia – 01/06/2018
Acordei super bem. Dormi direto.
Não sei se foi o cansaço, ou o frio, ou a posição em que dormi, ou posição como
colocamos os sacos de dormir. Só sei descansei muito bem e não senti frio
nenhum. Levantamos, arrumamos nossas coisas, tomamos nosso café, tiramos
algumas fotos com o Sr Lucas, nos despedimos do camping Ana Benta e seguimos
nosso caminho sentido ao camping Dna Maria e Sr Zé.
O segundo dia tem grandes
visuais. Uma placa praticamente com o nome da travessia
Passamos pela entrada do parque
tabuleiro, pegamos um caminho bonito passando por um corredor de arvores até
chegar num camping chico lage (não paramos nele). Logo mais a frente, chegamos
no camping Dna Maria e Sr Zé.
Montado as barracas, descansamos
um pouco, fizemos um pequeno almoço, recarregamos o cantil, largamos as
cargueiras no próprio camping e era hora de conhecer a parte alta da cachoeira.
Ps.: O casal militar Sandro e Mariana, fizeram o seu fogareiro de forma
natural, com lenha e buraco no chão. Muito maneiro!
Começo do ataque à parte alta da cachoeira |
caminho é cascalho puro |
bifurcação entre o mirante e a garganta da cachoeira |
Ao chegar na parte alta, se tem a bifurcação até o mirante ou até a garganta da cachoeira. Fomos primeiro no mirante. Absurdo de lindo!
Depois fomos até a garganta.
Assim que chegamos no primeiro poço, deixei o celular e fui conhecer o resto.
Enquanto tomava coragem para entrar na agua frio (que nem estava tanto assim),
um pessoal foi na frente e acabou ficando eu e Carol para trás. Fomos tentando
seguir o pessoal, mas eles sumiram de vista. Fomos seguindo a trilha e acabou
que estávamos saindo do sentido do rio e subindo a montanha. Chegou uma hora
que a trilha acabou e Carol falou algo com todo o sentido: “Não tem como a
garganta ser pra cima se o curso do rio está ali em baixo. Tem que seguir pelo
rio”. Ela estava certa e então voltamos, descalços, até o ponto que achava que
era onde nos separamos do pessoal. Assim que cheguei até tal ponto, vi uma
pegada molhada na pedra. Ali era o caminho. Fomos seguindo até vimos parte do
pessoal. Quando já estávamos lá embaixo, vimos o restante do pessoal cometendo
o mesmo erro que a gente: Subindo a trilha em vez de seguir o caminho da
agua/rio. Eu e Carol avisamos que não era por ali, mas o barulho do rio abafava
tudo. Eles seguiram todo o caminho e fizeram o mesmo que eu e Carol. Seguimos o
caminho até chegar no pessoal que estava na nossa frente.
Chegamos na garganta, com a
go-pro da Gisele só eu e Carol. Fizemos a festa ali. Hahaha. Gravamos vídeo e
tiramos várias fotos. Logo depois chegou o restante do pessoal.
Priscila chegou com a minha bolsa
de ataque e ali resolvi voltar a gravar pelo wikiloc o caminho de volta (já que
eu tinha parado de gravar lá no primeiro poço). Depois de apreciar os cânions,
tomar banho de cachoeira e comer um pouco, era hora de voltar para o camping e
terminar o dia. A volta foi bem interessante. Todo mundo com lanterna na mão.
Ficou eu e Priscila sozinho. Mas, como to sempre com o gps ligado, ficamos
tranquilos. Os momentos que Priscila ficou na frente, ela meio que saía da
trilha de vez em quando. Ela não tem muito o faro de trilha, embora seja muito
autossuficiente. Logo eu tomava a frente e voltava para a trilha. Só tinha uma
lanterna: a minha. Eu ia na frente, parava um pouco e iluminava o caminho para
ela chegar até mim. Assim nós dois iriamos andar em segurança.
Ao chegar no camping, tomamos
banho e era hora de jantar. Priscila estava tão cansada que não quis nem
interagir com o grupo que estava lá em cima na casa da Dna Maria e Sr zé,
fazendo janta e conversando.
Fizemos nossa janta. Primeiro o
arroz, depois a linguiça e na hora de fazer o feijão, o gás acabou! Hahaha.
Priscila não quis, mas eu comi o feijão frio mesmo. Até que estava bom.
Enquanto estávamos deitados,
ouvimos um casal chegar e falando que o pneu da bicicleta tinha estourado.
Enfim... dormimos.
Considerações sobre o camping
Dna Maria e Sr Zé:
Na casa: Tem energia elétrica,
oferecem janta, café da manhã, dá para alugar um quarto (caso não queira levar
barraca) e dá para tomar banho quente.
Cada item tem o seu preço e não é caro. Não lembro os valores, mas só o
camping foi R$ 15,00 e banho quente R$ 5,00.
No camping em si: vista
maravilhosa, espaçoso, não tem cozinha, sem ponto com energia elétrica (mas nada te impede de ir la na casa e usar a energia deles), dois banheiros com água fria e uma pia para lavar louça.
Terceiro dia – 02/06/2018
Já não dormi tão bem como no
primeiro dia, mas deu para descansar. Arrumamos nossas coisas, desmontamos a
barraca, tomamos um café e vi que o casal que chegara ontem estava consertando
o pneu da bicicleta. Trocamos uma ideia rápida e seguimos nosso caminho.
O terceiro dia é um dia muito
tranquilo. Descida suave praticamente o tempo todo até chegar no Parque Municipal do
Tabuleiro. Mas, antes se passa por dois mirantes. Absurdo de lindo!
cachoeira no formato de coração |
Mirante 1 |
Mirante 2 - Mais bonito, mas não fica tanto no formato de coração |
Depois de tirar as fotos,
seguimos até a entrada do parque. Apenas R$ 10,00 para entrar e ter acesso à
cachoeira. Valor muito tranquilo, já que se pode usar os pontos de energia do
lugar, tem bebedouros, pode tomar banho quentinho (chuveiro elétrico), e ainda
disponibilizam coletes flutuantes para nadar na cachoeira.
proibido entrada de pets. Foi mal amigão.Teve q esperar o"pai" dele voltar |
Assinamos o termo, pagamos o ingresso e peguei apenas um colete salva-vidas para Priscila. Modéstia a parte, não vi necessidade de pegar um colete pra mim. O caminho até lá embaixo é bem bonito. Fernanda, que é mineira e já conhecia a travessia, falou que o parque estava todo restruturado e conservado. Havia fechado para reformas. Pegamos ele já reformado e muito bonito. Uma escadaria sem fim até lá embaixo, hehehe. Mas vale a pena.
Vencido as escadas, agora era hora do trepa-pedra. Essa parte é legal nos 5 primeiro minutos, depois enche o saco de tanto trepar em pedra, hehe. Tem umas setas vermelhas indicando o caminho mais fácil.
Maior cachoeira de MG e a 3ª maior do país |
Eu e Priscila chegamos na cachoeira. Atrás do arco-íris |
Priscila e Eu |
Eu e Priscila voltando para a base, enquanto Sandro e Mariana descansam na pedra no meio do caminho |
Depois de ganhar coragem entramos na água. Foi eu, Priscila e Jean até uma pedra que tem no meio do caminho. Ali ficamos descansando um pouco e curtindo o lugar. Depois apareceu Gisele também. Tiramos fotos com ela, na máquina dela. Tinha um pessoal já na base da cachoeira. Foi somente eu e Priscila nadando até a base. Ao chegarmos lá, o pessoal já estavam saindo da base, começando a nadar de volta. Pedi a go-pro emprestada do Sandro e tirei umas fotos minhas e de Priscila lá na base. Ficamos mais alguns minutos por ali. Todo mundo já tinha ido nadado de volta para as pedras e só eu e Pri ali. A água parece que começou a cair mais forte, parecendo uma chuva forte. Priscila começou a ficar com medo então resolvi voltar com ela. Na volta, fomos nadando de costas olhando e curtindo a cachoeira. Muito show.
De volta nas pedras, descansamos um pouco, fizemos um lanche enquanto o sol ia nos secando. Parte do pessoal resolveu voltar logo e outros resolveram ficar para curtir mais. Eu resolvi voltar logo. Já estava seco e já estava satisfeito. O caminho de volta até a sede do parque foi cansativo. O trepa-pedra já cansa e ainda tinha que subir as escadas todas. Mas, enfim chegamos na sede. Fui no banheiro, tomei meu banho quente, deixei o celular recarregando na tomada, fiz mais um lanche e era só esperar todo mundo ficar pronto.
Todo mundo já estava pronto para voltar para casa lá por volta das 16:30. Ficamos esperando o Sérgio (motorista da van) chegar e nada. As 17h a moça do parque falou que o horário dela ir embora era as 17, mas que ia ficar ali com a gente até as 18h. A gente agradeceu, mas não queríamos atrapalhar a funcionária do parque: saímos dali e ficamos esperando o Sérgio no estacionamento. Lá pras 18 e pouca ele apareceu. Falou que se perdeu um pouco, hehehe. Entramos na van e fomos caçar um lugar para jantar.
bem generoso o prato |
Sérgio indicou um lugar e, como eu estava na parte da frente da van, fui lá conversar com o dono para ver se ele conseguiria descolar uma janta pra gente. Já era tarde e parecia só vender pizzas e petiscos naquele horário. Conversei com ele e ele liberou janta: arroz, feijão, macarrão, salada e carne de porco. Mesmo assim, algumas pessoas resolveram pedir pizza. O prato de comida gigante. O recheio da pizza também era gigante. Valeu muito a pena ir até ali. Comia-se muito bem e não foi caro. R$ 15,00 um pratão de comida. Pizza eu não sei quanto foi.
De barrigão cheio e saciados, entramos de volta na van sentido Rio de Janeiro. No meio do caminho um coelho atravessou a estrada. Lembro disso. Bonitinho o coelho. Não o atropelamos, brindamos a vida, hehe. Chegamos no rio por volta das 8 da manha de domingo. Cansados mas muito felizes. Por mais dias assim.
Em pé: Carol, Jean, Márcia, Felipe, Daniel, Cris, Denilson, Priscila, Marcelo (eu), Negreiros, Mariana, Giesele. Abaixados: Fernanda, Barba, Sandro. |
Todas as fotos, aqui.
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