quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

CPMF

Bom, como havia prometido, lá vai o meu tópico falando sobre a tal da Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira - a CPMF.
Finalmente ela se escafedeu! Ano que vem já não pagaremos essa porcaria.
Sou contra esta "contribuição". Contribuição entre aspas porque você não tem a opção de escolha entre contribuir ou não. Ela ta lá e pague ou então fique no vermelho - esta é a condição.
Sou contra pq:
  1. Porque a cpmf é imposto sobre imposto. Nós já pagamos impostos e parte deste, um certo percentual já é destinado para saúde. Logo, se criam mais um imposto "provisório" pra ajudar a saúde, estamos pagando duas vezes pela mesma coisa.
  2. Mesmo aceitando o tributo, o governo esqueceu o significado da palavra provisório. Sem falar que pelo fato dela ser uma contribuição, não existe a obrigação do governo federal em dividir a receita com os estados. Ele divide com o que quer e como quiser.
  3. Pelo fato mencionado acima, o governo não aplica 100% da receita na saúde. Se a justificativa era pra ajudá-la, já perde a razão se estão gastando com outras coisas além da saúde.
  4. O governo ta mau acostumado. Gasta mau o que arrecada. A receita é não é utilizada de um modo eficiente/inteligente. O maior exemplo disse é a tal "operação tapa buraco". Um plano (frouxo) emergencial feito para melhoria de algumas estradas. Como foi feito nas coxas, em menos de um ano metade dos buracos já estão de volta.

Com o fim da CPMF, o governo vai ter que apertar o cinto, já que serão menos 40 bilhões, ou seja, terão que pensar duas vezes antes de gastar o nosso dinheiro. E isso é bom. Tomara que gaste de um modo eficiente.

Mas ai vem o argumento: mas sem a cpmf a saúde do país que já é uma merda, vai piorar mais ainda. Não concordo (em partes). Em outubro ou novembro, li uma noticia que no ano de 2007 houve recorde de arrecadação de impostos. Não sei quantos bilhões (não lembro). Só cabe ao Lulinha apertar os cintos e gastar consciente que o negócio vai (ou pelo menos continua no mesmo patamar).

O estado tem 3 opções pra sacrificar: gasto com pessoal (os funcionários públicos - os que fazem a máquina governamental funcionar), gastos públicos (investimentos feitos pelo governo - como por exemplo o PAC), previdência social (pagamento dos aposentados e afins). Creio que destes tres, o governo vai sacrificar o gasto com o pessoal com congelamentos de salário e, talvez, uma redução no PAC. Mexer na previdência social não tem maluco no governo que tenha essa audácia (ainda bem).

Uma outra coisa que gostaria de falar é que a contribuição é abatida sobre as diversas etapas processo produtivo. Logo, se os empresários podem fabricar a um custo menor, teóricamente, ofertariam produtos a preços mais baixos. Mas isso não vai acontecer pq em vez de baixar os preços, o empresário vai preferir colocar o percentual que seria arrecadado com a cpmf na sua margem de lucro.

Bom, eu prefiro dar 0,38 centavos pra um produtor sabendo que isso vai aumentar o seu lucro e que TALVEZ, o faça investir em novas empresas criando novos postos de trabalho fazendo a economia crescer, do que dar na mão do governo e ler nos noticiários não sei quantos bilhoes foram desviados dos cofres públicos, mensalões e dinheiro na cueca.

Um comentário:

Anônimo disse...

um pouco mais sobre a CPMF.
http://www.oeb.org.br/template.php?pagina=neocast/read.php&id=482§ion=1

aproveita q vc deu uma olhada e de sua opnião.