quarta-feira, 16 de junho de 2021

Trilha na Pedra de itaipava

 Sem muito planejamento nem nada, resolvemos no dia anterior ir conhecer essa trilha.

Sabíamos que seria aproximadamente 1h e 20 de estrada até o início da trilha, então nem precisava acordar tão cedo.

Chegou o dia 14/06/2021 e lá fomos nós. Pegamos nossas botas, nossa mochilinhas e partimos pra estrada.

Como fomos numa segunda, o trânsito estava bom e não tinha carro nenhum para estacionar. Conseguimos uma vaguinha para deixar o carro e partimos para a trilha.





Vendo alguns tracklogs vi que tinha dois caminhos que se encontravam mais acima. Resolvemos subir por um e na volta, descer pelo outro.


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Começamos a subida e estreei o tripé que comprei. Curtimos bastante.

Começa a subida sem fim até que se chega numa cruzamento, digamos assim. Ali só virar a direita e começa a crista da montanha. 2 minutos depois se chega num lugar muito bom para descansar e tirar fotos. Da até pra acampar por ali, embora o terreno não seja plano.





Depois de algumas fotos, começamos a subida até o cume. Chegando lá, mais fotos e fizemos o nosso piquenique. Lugar muito bom também. Ali da para acampar e tinha até resquícios de uma fogueira.






Enquanto estávamos ali, aparaceu um outro casal. Era uma guia da região com um outro guia do Rio fazendo o reconhecimento.

Conversamos um pouco e ela deixou o cartão dela. Muito gente boa e recomendamos. Conhece bem as montanhas dali. "Guapo Adventure" 24 98807 7721.


Depois ele começaram a descer a montanha. Eu e Lais ficamos mais uns minutos ali e começamos a nossa descida também.

como dito acima, descemos pelo outro caminho na bifurcação. É bem mais aberto, embora tenhamos achado mais ingrime.

De volta ao carro, vimos que estava bem cedo. Como Laís não conhecia o Vale do Amor, e era caminho de volta para casa, resolvemos ir até lá.

Estradinha bem complicada para chegar no estacionamento do Vale do Amor. Vá bem devagar e com calma para não ter que passar num mecânico depois. Qualquer carro vai, mas com calma.

Chegando lá, a entrada aumentou absurdamente. Quando fui pela primeira vez, paguei uns 6 reais se não me engano. Era um valor simbólico para a manutenção do jardim. Agora, como ele está famoso, o valor é 20 reais. Deu para pagar fazendo um pix, mas não aceitam cartão. Só pega sinal (para fazer o pix) lá na igreja. Foi o que fizemos.












Conhecido o vale do amor, partimos para casa. Acabou que nem almoçamos na cidade. Uma pena. Lais tinha que estar numa costureira as 19h, então nem poderíamos demorar muito.

De volta em casa, feliz por termos conhecido mais uma montanha bem tranquila de se fazer. Principalmente para nós que estávamos um bom tempo parados. Desde Novembro/Dezembro do ano passado que não fazíamos nada por causa da pandemia. Estamos voltando a ativa.


Custos totais:

Pedágio na ida = R$ 11,60
Pedágio na volta = R$ 11,60
Gasolina (sobrou na verdade) = R$ 100
Entrada para o Vale do Amor = R$ 40 (custa 20 por pessoa)

domingo, 17 de janeiro de 2021

Volta na Ilha Grande - Dia 9 - Descanso e a volta pra casa

Dia 9 – 21/12/2020 – Dia de descanso em Abraão e a volta pra casa


Ontem foi o nosso último dia decaminhada e hoje seria só descansar e esperar a hora da barca para voltarmos ao continente, em Angra dos Reis.


(alguma foto minha de angra dos reis)

 

Acordamos e tomamos o café da manhã maravilhoso da pousada. Dali dei uma volta por Abraão para ver se conseguia comprar um imã de geladeira igual ao que vi em Araçatiba. Andei bastante por lá até que, praticamente em frente a estação das barcas, tinha uma lojinha que tinha.

 

(foto do ima de geladeira)

 

Comprei e voltei pra pousada. Ali descansamos mais um pouco e tomei um banho. As tolhas  de banho continuavam incrivelmente cheirosas. Muito bom.

Deu nossa hora, pegamos nossas coisas, e fomos para as barcas. Pagamos a fortuna que é só para voltar para o continente. Voltamos para Angra dos Reis.

Chegando em Angra, iríamos pegar um ônibus de volta para o Rio. Resolvemos ir andando das barcas até a rodoviária. Não é tão longe... mas o sol apareceu com força total e fez o curto caminho parecer uma peregrinação, rs.

Na rodoviária, nos refrescamos no ventilador e fomos comprar um lanche. Ali, vi que o meu cartão não funcionava para sacar no caixa 24h. Não sei por quê. Compramos no crédito mesmo. Lanchamos ali na rodoviária e subimos no ônibus para pegar a estrada.

No meio do caminho o ônibus parou em Muriqui e ali Lais comprou umas cocadas famosas lá. Estavam boas. Voltamos pro ônibus e finalmente chegamos no Rio. Em casa. Feliz.

 

Mais um sonho realizado. Estava planejando fazer essa travessia há anos. Finalmente realizada. Todos os gastos, opiniões sobre os campings, pode ser visto no primeiro post dessa aventura.

Que venha a próxima!

 



==x==

O cronograma da aventura ficou:

Dia 0 - Introdução, Planejamento e Custos

Dia 1 – 13/12/2020 – Abraão x Palmas

Dia 2 – 14/12/2020 – Palmas x Caxadaço

Dia 3 – 15/12/2020 – Cachadaço x Parnaioca

Dia 4 – 16/12/2020 – Dia de descanso em Parnaioca

Dia 5 – 17/12/2020 – Parnaioca x Aventureiro

Dia 6 – 18/12/2020 – Aventureiro x Araçatiba

Dia 7 – 19/12/2020 – Araçatiba x Bananal

Dia 8 – 20/12/2020 – Bananal x Abraão

Dia 9 – 21/12/2020 – Dia de descanso em Abraão


Volta na Ilha Grande - Dia 8

Dia 8 – 20/12/2020 – Bananal x Abraão

                                                                                             

Hoje seria nosso último um dia nesses dias caminhada, saindo de Bananal, onde tivemos uma noite bem cansativa, mas que graças a deus tudo bem. Saindo de Bananal e terminando onde tudo começou: Igreja no Centro de Abraão.


(foto da praia da igreja de abraão com legenda dizendo q é lá)

 

Acordamos e tomamos café ali dentro do quarto mesmo. Lais, na noite anterior, comprou hambúrguer de janta e usamos o restante das comidas que sobraram para fazer o café da manha e ficar bem levinho na caminhada.

De barrigão cheio, arrumamos nossas coisas, pagamos ao Pedro e começamos a caminhar. Neste dia a gente andou 20,33 km. Seria o dia que mais passaríamos por praias diferentes, mas maioria delas bem pequenas. O caminho feito você pode ver clicando aqui.

 

(wikiloc)

 

Passamos primeiro por bananal pequeno e já começa uma subidinha. Ao descer, se chega na praia de Araça. Andando mais um pouquinho se chega na igreja da Freguesia de Santana.

 

(foto da igreja da freguesia de Santana)

 

Ali paramos para tirar umas fotos e, derrepente aparece um porco espinho bem no degrau abaixo de onde eu estava. Foi muito legal. Nunca tinha visto um porco espinho livre assim na natureza. Acho que nem pessoalmente. Todo amarelo ele.

O porco espinho demorou a perceber que eu estava ali. Falei para Lais filmar, assim que falei ele olho pra trás e me viu. Ai começou a caminhar se afastando. Nisso Lais veio filmando. Foi bem legal. Presente da Natureza pra gente. Depois ele correu e se escondeu na mata.

Depois desse presente, voltamos a caminhar descendo até a praia de freguesia de Santana. Estava muito bonita... e um pouco cheia. Alguns barcos chegando, o lugar é lindo. Continuamos a caminha e a trilha ia ficando cada vez mais aberta e tranquila.

 

(foto da ilha de Japariz)

 

Chegamos na praia de Japariz por volta de 11 e pouca da manha. Tinha poucas pessoas na praia. Paramos numa sombra ali para começar a fazer um pequeno almoço. Linguiça e alguma coisa que não lembro mais. Enquanto fazíamos nossa comida, só víamos barcos e mais barcos chegando na praia.

 

(praia de Japariz)

 

A praia que antes estava bem vazia, agora ficou entupida de gente. Os passeios de barcos param todos ali naquela praia. Ficou lotada. Comemos, arrumamos nossas coisas e partimos. Não queríamos ficar ali no meio de tanta gente, hehe. Ao chegar no final da praia, Lais voltou um pouquinho e comprou uma lata de coca-cola.

Voltamos a caminhar, passando pela praia do funil e chegando na praia do Conrado, no vilarejo de Saco do Céu. Ali, vimos uns locais sentados num banquinho num cais e com umas meninas se jogando na água. Ao sair da água elas usavam a mangueira para lavar os barcos para se banharem com água doce.

 

(foto do cai lá no saco do ceu)

 

Resolvemos parar ali também e fazer o mesmo que os locais. Me joguei no cais e ali vi que a água era muito quente. Nunca tinha mergulhado numa água tão quente. Depois ia na magueira me molhar. Ficamos umas meia hora ali, pelo menos. Foi legal.

Nos despedimos deles e voltamos para a caminhada. Passamos pela praia do Galo, Perequê e na Camiranga. Nela, resolveremos tomar mais um banho de mar. Iríamos descansar um pouco já que depois dela, seria a última subida/montanha do trekking e seria bem cansativa.

 

(foto da praia de Camiranga)

 

Curtido o local, era hora de partir. Pegamos nossas mochilas e começamos a subida.

Chegamos num ponto em  que tem uma bifurcação para ir até a praia da Feiticeira. Como Lais já conhecia essa praia, ela resolveu ficar ali esperando na bifurcação enquanto eu ia até la correndo para conhecer. Deixei minha mochila e meu canivete com ela e fui correndo até a praia da Feiticeira.

 

(praia da feiticeira)

 

Exatamente como Lais falou, a praia é bem sem gracinha. Lembrei na hora da mulher que conversamos lá na praia de Aventureiro, haha.

Voltei correndo até Lais e ela estava lá sentadinha me esperando. Voltamos a caminha sentido a cachoeira da Feiticeira.

Depois de uma subida braba, até que com uma vista bonita, chegamos na bifurcação que leva até a cachoeira e deixamos a mochila cargueira ali escondidinha. Fomos leves até a cachoeira.

 

(foto da vista lá de cima chegando perto da cachoeira, com legenda da vista)

(foto da cachoeira)

 

Chegamos na cachoeira e ela estava vazia!!! Nós, é claro, nos batizamos. Como não era muito cedo, por volta das 16 ou 17h, achei que não ia aparecer mais ninguém ali e então resolvi nada pelado dessa vez. Quando eu ia tirar a sunga, apareceram dois gringos hahaha. Acabaram com minha ideia.

Depois de nos secar, voltamos para as mochilas. Fique com medo de terem mexido nelas enquanto a gente estava na cachoeira, mas graças a Deus elas estavam intactas. Pegamos elas e voltamos a caminhar sentido Abraão.

Andamos mais um pouco e chegamos no cume daquela montanha. A partir dali era só decida. Que delícia! Os gringos que estavam lá na cachoeira passaram pela gente. Estavam bem leves e a gente com uma mochila cargueira, que graças a deus, estava cada vez mais leve.

Fomos descendo até chegamos no Arqueduto, já escurecendo e as fotos vão ficando cada vez piores. Vídeos então... hehe.

 

(foto do arqueduto)

 

Ai viramos a esquerda e pegamos o caminho sentido a antiga prisão Lazaretto, que fica de frente para a Praia Preta.

 

(foto de lazareto e da praia preta)

 

Ali era uma antiga fazenda, que depois virou posto de saúde, e finalmente uma prisão. Hoje, ruínas e histórias. Fomos andando pela praia Preta e da para entender o porquê deste nome. Os pés ficam cheios de grãos de areia preto.

Saímos da praia paramos pra comprar um sacolé. Um dos melhores que já tomei na vida. Foi a combinação de 2 sabores diferentes. O que Laís pediu estava ótimo. Acho que era acerola com maracujá. O meu acho que era amendoim com nutella. O dela estava MUITO BOM. Vou voltar lá só pra comprar um sacolé, hehe.

Depois de mais alguns passos chegamos finalmente onde tudo  começou: Igrejinha de Abrão.

 

(foto da igreja de abraao a noite)

 

Aeeeeee!!!!

Chegamos à noite e estava bem movimentada. Fomos direto para o Hostel que Laís tinha reservado pelo booking. A dona demorou um pouco para chegar e nos receber, mas o lugar era muito bom. Tudo limpinho, banheiro ótimo, e toalhas super macias e cheirosas. Ficaram assim até o dia seguinte. Bizarro!

Tomei um banho, fiz uma mini janta e despenquei na cama pra dormir. Tinha ar condicionado. Bom demais depois de uma pernada bem longa.

Dia seguinte era só andar por Abraão e tentar comprar um imã de geladeira que tinha visto lá em Araçatiba.

 



==x==

O cronograma da aventura ficou:

Dia 0 - Introdução, Planejamento e Custos

Dia 1 – 13/12/2020 – Abraão x Palmas

Dia 2 – 14/12/2020 – Palmas x Caxadaço

Dia 3 – 15/12/2020 – Cachadaço x Parnaioca

Dia 4 – 16/12/2020 – Dia de descanso em Parnaioca

Dia 5 – 17/12/2020 – Parnaioca x Aventureiro

Dia 6 – 18/12/2020 – Aventureiro x Araçatiba

Dia 7 – 19/12/2020 – Araçatiba x Bananal

Dia 8 – 20/12/2020 – Bananal x Abraão

Dia 9 – 21/12/2020 – Dia de descanso em Abraão


Volta na Ilha Grande - Dia 7

Dia 7 – 19/12/2020 – Araçatiba x Bananal

                                                                                             

Hoje seria um dia com duas opções: domir em Matariz e descansar mais, ou dormirem Bananal e deixar o dia seguinte menos cansativo. Planejado era ir até Bananal e assim fizemos.


(foto da praia de Bananal com legenda dizendo q é lá)

 

Acordamos na hospedaria Araçatiba e fomos tomar café. Ali na cozinha vi um imã de geladeira que curti muito. Fiquei com ele em mente. Assim que chegasse em Abrão iria tentar achar um igual e comrpar. Graças a Deus achei u no último dia desse trekking. Senão ia ficar me remoendo por não ter conseguido comprar aquele imã, hehe.

Tomamos nosso café, e ao arrumar as coisas vi que não estava achando o pacotinho onde fica guardado os specs da barraca. Provavelmente deixamos cair ou ficou lá no conturbado camping onde iríamos ficar no dia anterior. Fiquei um pouco bolado, porque eu dificilmente esqueço alguma coisa ou deixo algo pra trás. Evito ao máximo.

Pagamos, nos despedimos da hospedaria e fomos andando sentido a trilha. Nisso iriamos passar mais um vez pelo camping onde iríamos ficar na noite anterior, então fui olhando atentamente o caminho para ver se achava a bolsinha com os specs. Chegamos no camping e entrei para ver se estava por estava ali. Achei! Peguei e fui embora.

O caminho feito pode ser visto clicando aqui. Logo de inicio, assim que tem a marcação da hospedaria, começa a andar reto e faz uma pequena onda entre a “hospedaria araçatiba” e a marcação “entrada da trilha”. Ali é eu indo até o camping e pegando a bolsinha com os spec no chão, haha.

 

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Começamos a andar e logo chegamos na bifurcação que da na praia da cachoeira. Fui ali rapidinho, tirei uma foto e voltei. Estava bonito, mas tinha muita coisa para andar e curtir ainda nesse dia.

 

(praia da cachoeira)

 

Andando um pouco mais a frente se chega na bifurcação para quem quer ir até a lagoa verde. Eu, claro que queria ir lá. Pegamos a esquerda sentido a Lagoa Verde.

 

(foto da pedra pixada com o caminho para lagoa verde)

 

Depois de andar uns poucos minutos chegamos na lagoa verde. Lugar muito bonito e com vários peixinhos amarelos. Deu vontade de ter uma gopro ali para poder filmar debaixo d’água e registrar os peixinhos.

 

(foto da lagoa verde)

 

Ficamos um bom tempo curtindo ali. A gente ainda tinha um bom caminho a percorrer. Neste dia, o programado era andar aproximadamente 16 km. Então, curtido bastante o local, era hora de partir. Voltamos para a trilha que ia ficando cada vez mais aberta e mais acessível conforme a gente avançava. Chegamos na Praia Longa.

 

(foto da praia longa)

 

Paramos num banquinho que tem por ali para descansar e eu fiz um pequeno lanche. Tinha um casal de moradores locais ali que falaram que iam almoçar e ir numa ducha. Depois de descansar poucos minutos andamos até o final daquela praia e encontramos o casal mais uma vez. Ali tem um quiosque que tem uma pequena ducha e da até para almoçar. Compramos apenas um sorvete e continuamos a caminhada tomando o sorvetinho.

 

(foto do quiosque onde compramos sorvete)

 

Ali começamos a maior subida deste dia. Caminho é tranquilo em relação a orientação. Não tem bifurcação e não tem como se perder. Mas... é uma subidinha chatinha. Alguns postes levando os fios de luz para os moradores durante essa trilha. Continuamos até que chegamos na praia de Ubatuba.

 

(foto da praia de Ubatuba)

 

Praia muito bonita. Várias lanchas ali. Graças a Deus só tinha um casal na areia e a gente. O casal era um coroa e uma novinha tomando um Chandon. Tadinhos deviam estar pobres, hehe. $$$$!

A gente fez um pequeno lanche e ficamos na praia relaxando um pouco. Curtido o local, voltamos à caminhada e passamos pela praia de Tapera e depois na praia de Manguaraquissaba. Ali a trilha começa a ficar bem urbana mesmo: Com calçada em alguns pontos.

Chegando em Passaterra e demos uma pequena pausa, porque ali seria a maior subida do dia. E depois dessa subida, ainda tinha mais uma a frente após Matariz. Então, descansamos um pouquinho. Lais tinha lido um relato que um turista tinha se perdido por ali.

 

(foto do descanso)

 

Momento tenso:

Começamos a subir e meu celular deu pau. Ferrou. Reiniciei e vi que o GPS do celular não estava mais nos achando porque estávamos debaixo de muitas árvores e o sinal fica fraco não achava a gente. Naquela hora senti falta de ter um GPS de verdade. Pena ser tão caro. Pelo menos uns 500 reais. Enfim... A gente tinha duas opções: continuar em frente e ir as cegas; ou, eu voltar um pouquinho até a praia onde a gente parou para descansar, e ali o GPS nos acharia porque é aberto e ai sim voltarmos para a caminhada. Resolvi deixar Lais ali, junto com a minha mochila cargueira e meu canivete, voltei correndo até a praia, fiz o GPS enxergar a gente e ai voltei correndo para onde Laís estava. Graças a Deus nada tinha acontecido. Eu corri como nunca! Deixar ela ali sozinha, só com um canivete escondido me deixou extremamente preocupado. Se algo acontecesse a ela eu nunca me perdoaria. Nisso tudo não durou nem 15 minutos, mas foi uma eternidade pra mim. Já de volta à Lais e com o GPS nos enxergando, continuamos a travessia.


Depois de alguns minutos na mata, chegamos nas costas de uma velha fábrica abandonada em Matariz. Já estava começando a ficar um pouco escuro.

 

(alguma foto de matariz, a fábrica)

 

Cansaço bateu um pouco e sentamos um pouco para descansar uns minutinhos. Ali Lais chegou a chorar um pouco, pelo discussão que tivemos no dia anterior, pelo cansaço e por estar começando a anoitecer e ainda tinha uma outra pequena montanha pra subir. Ali, conversamos se iríamos dormir ali em Matariz mesmo ou se iríamos avançar até Bananal. Por mim, tanto faz. Depois dela se acalmar um pouco e estar mais feliz, resolvemos que iríamos avançar até bananal. Fizemos isso para poder andar menos no dia seguinte.

Colocamos nossas lanternas e começamos a subir a última montanha do dia. Andando e ouvindo os milhões de sapos começando a cantar.

Depois de alguns minutos começamos a descer e ver as luzes de Bananal. Felicidade ao chegar. Conforme andávamos por Bananal, íamos vendo várias pousadas. Como a gente estava cansado, resolvemos que poderíamos gastar mais um pouquinho e ter uma boa noite de sono. Fomos em algumas pousadas e estava tudo lotado. Realmente, o lugar parecia estar cheio.

Passamos do lado de um barzinho e perguntei se eles conheciam alguém que alugasse uma suíte, um quarto... Qualquer coisa para a gente dormir sem ser camping. Ali estava o Juca (bala). Ele tinha uma casinha ao lado da dele, que ele alugava. O terreno alugava pra camping também, mas a gente queria é quarto. Ficamos no quarto.

Entramos no quarto e uns minutos depois começaram a aparecer o que estragaria a noite: baratas! Laís que já não como psicológico abalado pelo cansaço, ficar num lugar onde tem um monte baratas, ela não ficou sossegada de jeito nenhum. Eu, claro, não ia deixar ela ali. Mais uma noite lá vai eu caçar algum lugar pra gente dormir. Enquanto ela ia arrumando as malas eu caçava um lugar.

Rodei Bananal inteiro caçando um lugar. Falei com um monte de gente. Acho que fiquei até famoso na cidade no dia. “O doido caçando um lugar pra dormir”, rsrs. Fui no camping da Cristina. Vi o quarto que tinha lá e não curti muito. Levei Lais lá e ela também não curtiu. Não queríamos ficar no camping, então fui rodando mais e mais... Até que achei a Pousada do Pedro. Foi a salvação da noite! Lugar ótimo! Ar condicionado, tudo limpinho, banho quentinho, camas confortáveis, wifi rápido. Pra quem achava que teria que acampar forçadamente, isso foi tudo! E o melhor: valor muito acessível. Ficaria lá sem pensar duas vezes. Os valores que pagamos em absolutamente tudo, você encontra na primeira página de apresentação dessa aventura, aqui.

Peguei Lais de volta na casa e me desculpei com o Sr Juca por não ficar, e da qual ele foi MUITO GENTIL e gente boa: não cobrou nada da gente. Confesso que se eu estivesse sozinho, tinha dormido lá mesmo com as baratas e tudo, hahaha. Ou então ficaria no camping, que é no quintal da casa dele.

Graças a Deus achei um lugar que com certeza agradaria Lais já que tudo que ela queria fosse um lugar limpinho. Chegamos no quarto, tomamos nosso banho e despencamos na cama ... Com arzinho condicionado. Hehe.

Renovar as forças porque o dia seguinte porque o dia seguinte seria nosso último dia de caminhada e era bastante coisa para andar. Ir de Bananal x Abraão.

 

 



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O cronograma da aventura ficou:

Dia 0 - Introdução, Planejamento e Custos

Dia 1 – 13/12/2020 – Abraão x Palmas

Dia 2 – 14/12/2020 – Palmas x Caxadaço

Dia 3 – 15/12/2020 – Cachadaço x Parnaioca

Dia 4 – 16/12/2020 – Dia de descanso em Parnaioca

Dia 5 – 17/12/2020 – Parnaioca x Aventureiro

Dia 6 – 18/12/2020 – Aventureiro x Araçatiba

Dia 7 – 19/12/2020 – Araçatiba x Bananal

Dia 8 – 20/12/2020 – Bananal x Abraão

Dia 9 – 21/12/2020 – Dia de descanso em Abraão


Volta na Ilha Grande - Dia 6

Dia 6 – 18/12/2020 – Aventureiro x Araçatiba

                                                                                             

Hoje seria um dia que prometia ser bem cansativo já que teríamos que subir uma das maiores montanhas da ilha (não a maior, ok?) para chegar em Provetá e de lá subir mais uma pequena montanha para chegar finalmente em Araçatiba.

(foto da praia de Araçatiba ou de proveta q ta mais bonito com legenda dizendo q é lá)

 

Acordamos muito bem no camping do Luis, tomamos nosso café e levantamos acampamento. Esse dia prometia ser cansativo. De cara, iriamos enfrentar um dos maiores aclives da programação. Lá fomos nós. A entrada da trilha é bem próxima ao camping. Parece que está entrando no terreno de alguém. O caminho que fizemos pode ser visto aqui. Andamos 10,26 Km.

 

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Começamos a subida sem fim. Ela é bem fácil na questão de orientação. Parece uma estrada de terra... Só que a inclinação é braba. Bem íngreme! Ao chegar ao cume, tem até um banquinho para descansar com umas plaquinhas com dizeres religiosos.

 

(foto do baquinho no cume)

 

Depois de descansar uns poucos minutos, começamos a descida. Na descida, passamos por alguns pontos com água e uns pontos com vistas legais. Mirantes.

 

(foto do mirante para proveta)

 

Ao chegar na praia, ela estava linda! A cor da água azulzinha e um ventinho bom. Como era por volta de meio dia e pouco, resolvemos almoçar por ali mesmo. O mais difícil já tinha passado. Andamos primeiro pela vila, porque sabíamos que tinha um minimercado por ali. Tínhamos que comprar suprimentos para os próximos dias.

 

(foto do mercadinho e da arvore de natal)

 

Compramos miojo (é claro), umas pequenas bebidas e biscoitos. Aceitar cartão também, embora o sinal não seja dos melhores. Comprados os suprimentos e voltamos para frente da praia e fomos no restaurante que tem por ali. Restaurante do Cristiano.

 

(foto das mochilas no restaurante do Cristiano)

 

Demorou um pouquinho, quase uma hora, mas chegou e chegou farto! Muita carne. Comida boa. Valeu a pena. O único ruim é que o tempo é um recurso escasso nesse tipo de atividade. Toda vez que se resolve parar para almoçar, principalmente em restaurante, perde-se um tempo valioso... Mas até que valeu a pena. O Cristiano até tirou foto nossa e falou que ia colocar na página do Facebook. Até hoje não vi se realmente fez, hehe.

Confesso que estava me sentindo bem ali que sugeri a gente descansar o almoço tomando um sorvetinho ali em frente à praia. Sugeri isso, mas Lais ficou receosa em relação ao tempo, então depois do almoço demos uns poucos minutinhos e voltamos para a caminhada.

 

O caminho para voltar para trilha é indo lá pra frente do mini mercadinho e indo sentido a igreja Assembleia de Deus.

 

(foto da assembleia)

 

Só ir seguindo. A partir daqui a trilha vai ficando um pouco mais urbana. Alguns postes levando luz elétrica para os vilarejos podem ser vistos durante toda a trilha. No cume, ou bem próximo dele, sempre tem um transformador de luz.

 

(foto do transformador no cume, wikiloc)

 

Ao descer, chega-se num ponto em aparece uma bifurcação. Para a direita é sentido praia vermelha e a gruta de Acaiá. Como não planejamos ir para lá fomos para direita, sentido praia de Araçatibinha e depois Araçatiba.

Chegando na praia de Araçatibinha, achei que era ali que deveria ter o nome de praia vermelha.

 

(foto da praia com areia vermelha de araçatibinha)

 

A areia da praia ali é super vermelha! Não paramos. Continuamos a caminhada até que chegamos na praia de Araçatiba. Pelo caminho já se via bastante pousada e cada vez mais gente no local. Bem mais cheia em comparação com todas as outras que havíamos passado... Mas não lotada. Bastante criança pulando para mergulhar no cais que tem por ali.

 

(foto da praia de araçatiba)

 

Fomos andando até que chegamos no camping do Bené. De cara, já não tinha gostado muito do camping, mas como era de frente pra praia, e era o indicado em alguns relatos, ficamos nele mesmo. O camping está mudando de nome, mas o dono continua sendo o Sr Bené. Só o vi de vista. Não conversamos.

O camping está/estava de reforma. Refazendo a cozinha. Banheiro um pouco zoado, mas pelo menos era quente. O masculino. O feminino estava gelado. No próprio camping tinha um bar e várias mesas. Isso pode ser um ponto positivo, já que oferece refeições e bebidas. Porém, toda via, contudo, entretanto; isso foi um ponto muito negativo para gente. Estávamos muito cansados da travessia. De andar bastante e de curtir a praia de Araçatiba em si, já que ficar em praia também cansa. O bar ficou fazendo barulho, e barulho muito alto, até meia noite e meia. Som alto, gente gritando... Um inferno! A gente estava doido para dormir. Deu umas 23h eu saí da barraca e fui falar como administrador (nem lembro o nome dele, acho que Alexandre. Fiz questão de apagar dos meus contatos). Isso para ver se paravam ou pelo menos diminuíam o barulho. Nada. Deu meia noite e eu perdi a paciência.

Além da barulheira, tinha um caminho de formigueiro passando em frente à barraca. Tudo começou a me irritar. Deixei Lais na barraca e saí, à noite, procurando alguma pousada para dormir. Enquanto fui pra praia procurar um lugar, Lais foi guardando as coisas nas mochilas.

Fui andando ao encontrar duas meninas locais sentadas conversando, perguntei a elas sobre um lugar para dormir. Elas me levaram num lugar que tinha que subir uma pequena escada, mas que era muito bonitinho lá em cima e não foi caro. Ótimo lugar. Falei com a dona que iríamos ficar. Voltei para o camping, ajudei Lais a terminar de guardar tudo, paguei só o que consumi no bar (não paguei o camping e nem pagaria), e ainda falei “Desculpa, mas não da para ficar no seu camping não”, e fui embora.

Chegamos na “Hospedaria Araçatiba”, tomamos outro banho e fomos dormir. Aliviados, conseguimos descansar muito bem. Dia seguinte seria um dia que iríamos andar bastante, de Araçatiba até Bananal.

 



==x==

O cronograma da aventura ficou:

Dia 0 - Introdução, Planejamento e Custos

Dia 1 – 13/12/2020 – Abraão x Palmas

Dia 2 – 14/12/2020 – Palmas x Caxadaço

Dia 3 – 15/12/2020 – Cachadaço x Parnaioca

Dia 4 – 16/12/2020 – Dia de descanso em Parnaioca

Dia 5 – 17/12/2020 – Parnaioca x Aventureiro

Dia 6 – 18/12/2020 – Aventureiro x Araçatiba

Dia 7 – 19/12/2020 – Araçatiba x Bananal

Dia 8 – 20/12/2020 – Bananal x Abraão

Dia 9 – 21/12/2020 – Dia de descanso em Abraão


Volta na Ilha Grande - Dia 5

Dia 5 – 17/12/2020 – Parnaioca x Aventureiro

                                                                                             

Hoje seria um dia tranquilo onde iríamos andar até uma das praias mais badaladas da Ilha, com o coqueiro bem famoso: A praia de Aventureiro.

(foto da praia de aventureiro com legenda dizendo q é lá)

 

Acordamos muito bem no camping da Janete em Parnaioca, já que no dia anterior ficamos só descansando. Embora tenha chovido de madrugada, como tinha uma lona do próprio camping protegendo a barraca, dormimos muitos tranquilos. Tomamos nosso café da manhã, nos despedimos do pessoal e começamos a nossa caminhada.

Poucos minutos de caminhada, no final da praia de Parnaioca, fui atravessar o pequeno rio que tem para chegar no inicio da trilha, então tirei a bota. Depois de tirada, coloquei o celular dentro. Isso, para evitar dele cair no rio ou algo do tipo. Hahaha. Assim que coloquei o celular dentro da bota, me desiquilibrei um pouco e acabou que o celular caiu da bota e parou dentro do rio. Percebi na hora e o peguei no mesmo instante! Hahaha. Ai ai...

Por incrível que pareça, não aconteceu absolutamente nada com o celular. O Aúdio estava ok, a câmera, internet, gps... Tudo. Dei sorte.  Segui o caminho pegando a trilha sentido praia do Leste.

O tempo não estava dos melhores, mas pelo menos não estava chovendo. Choveu na noite anterior o que deixava o caminho úmido e lamacento... mas nada demais. Andamos até que chegamos num pequeno mirante.


(mirante na trilha)


Descansamos alguns segundos alie continuamos a caminhar. Nessa, teve um momento que tinha uma parte mais aberta na trilha descendo. Sem me tocar que tinha o caminho definido de seguir adiante subindo um pouco, desci esse caminho um pouco aberto.

Assim que ia descendo, ia vendo a trilha sumindo e ficando cada vez mais indefinido. Achei estranho. Não lembrava daqui, já que já tinha feito esse caminho alguns anos atrás. Comecei andar de um lado para outro tentando achar o caminho e voltar para a trilha. Nada. Deixei a mochila num canto, marquei no gps, e fui caçando a trilha. A propósito, o caminho feito nesse dia, só clicar aqui.


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Lais falou para gente voltar, subir o que a gente desceu e ver se achava o caminho de volta. Eu, sem ver muito que fazer, aceitei a ideia. Peguei minha mochila e começamos a voltar subindo. Chegando lá em cima, o caminho super bem definido na nossa cara, hehe. Voltamos para caminho certo e minutos depois, um pouco mais tranquilos, acabamos encontrando um pequeno grupo fazendo a travessia no sentido contrário ao nosso. Perguntamos se eles tinham passado por algum guarda ou algo do tipo, e estava tudo tranquilo. Continuamos a caminha até que chegamos na praia do Leste.

Eu, claro, tirei minha roupa e fui me batizar naquela praia maravilhosa. Segunda vez que fui nessa praia e lembro que na primeira vez eu fui, achei fantástica. Desta vez, como o tempo estava um pouco fechado continuou linda, mas não tanto como na minha lembrança.


(foto da praia do leste)


Depois um tempo curtindo a praia, e mergulhando até com óculos de mergulho para ver alguns peixinhos... pegamos nossas roupas e voltamos para a caminhada.

Chegando no final da praia do leste que tinha que atravessar um rio e pegar uma pequena trilha (pequena mesmo) para chegar na praia do Sul.


(praia do sul)


Chegando na praia do sul, começa o caminho mais longo do dia. Longo e um pouco inclinado. O legal que conforme a gente ia andando ia vendo a coloração da agua mudando. Enquanto na ponta esquerda era mais verde, na direita era mais amarronzada.

Fomos andando aquela praia toda, e quando já estávamos próximos do costão do demo, Dois rapazes – pai e filho - perguntaram sobre barco até angra. Se a gente queria dividir um barco. O filho dele tinha quebrado o nariz, batendo na prancha de surf e queriam voltar para a cidade. Infelizmente não pudemos ajudar. Nariz do rapaz estava saindo um pouco de sangue. Eles seguiram o caminho e nós fomos atrás. Eles, mais leves, se adiantaram bastante.

Eu e Lais, assim que chegamos ao inicio do costão do Demo, descansamos uns minutinhos e vimos como os dois rapazes andaram pelo costão.

Descansados, pegamos nossa mochila e fomos andar pelo costão. Essa parte se anda pelas pedras. Se estiver chovendo, acho perigoso passar por ali. Graças a Deus estava tudo seco. Mesmo assim Lais estava com receio. Ajudei-a e fomos passando por ele aos poucos.

Chegamos finalmente na praia de Aventureiro. Paramos no camping do Luis.


(foto do camping do luis)

 

Montamos nossa barraca bem ali embaixo mesmo e fomos almoçar. Vários cachorros apareceram e ficaram nos encarando com aquela carinha de pedinte que só dogs sabem fazer. Quem resiste? Teve um que ainda apoiou a cabeça na minha coxa pra pedir comida. Po, ai não teve como. Cheio das técnicas eles. Dei uns pedaços de carnes pra eles. E olha! As comidas em ilha grande são bem servidas. Vem carne pra caramba. Dei uns frangos pros cachorros e ainda sobrou um pouco. Depois de comer até dizer chega, fomos andar pela praia.

Lais já foi logo de cara tirar a foto no famoso coqueiro da praia de aventureiro


(foto do coqueiro)


Depois de tirar milhões de fotos para ver se uma salvava, fomos andar um pouco mais. Ir até um mirante que tinha em cima das pedras. O caminho é uma calçada então é bem tranquilo. No meio dele há uma bifurcação para subir até um mirante mesmo. Mirante XXX. Passei reto. Não estava afim de fazer mais trilha não. Só descansar.

Fomos andando até o deck. Vários peixinhos e um azul incrível.


(foto lá no deck)


Depois voltamos para a praia e fomos mergulhar. Ali conhecemos um casal de São Paulo. Eles estavam fazendo a travessia também, mas no sentido clássico. Não o invertido que nem a gente. Eles falando que a praia da Fenticera era linda! Só achamos legal, mas depois que eles se afastaram fui conversar com Lais. Eu nunca tinha ido à praia da Fenticeira lá em Abraão, mas tinha visto foto e não achei nada demais. Ela já tinha ido e falou que é mó sem graça. A gente já tinha passado por praias incríveis até aquele presente momento e ela ainda iria ver. Deu pra entender e imaginar a reação dela ao presenciar coisas muito mais belas adiante, hehe.

Voltamos pro camping, tomamos nosso banho e fomos descansar um pouco. Graças a Deus o wifi pegava até ali na barraca, hehe.

Depois de esticar o corpo um pouquinho, subimos e fomos fazer a janta. Miojão com ovo e atum. Tinham dito que a luz se apagava as 21h. Deu 20:45 e apagou tudo. A gente estava terminando de cozinhar. Fui na barraca, peguei as lanternas e comemos miojão a luz de lanternas. Romântico. Hahaha.

De barrigão cheio, fomos dorimir porque o dia seguinte prometia ser um dos dias mais cansativos da viagem: andar de Aventureiro até Araçatiba.



==x==

O cronograma da aventura ficou:

Dia 0 - Introdução, Planejamento e Custos

Dia 1 – 13/12/2020 – Abraão x Palmas

Dia 2 – 14/12/2020 – Palmas x Caxadaço

Dia 3 – 15/12/2020 – Cachadaço x Parnaioca

Dia 4 – 16/12/2020 – Dia de descanso em Parnaioca

Dia 5 – 17/12/2020 – Parnaioca x Aventureiro

Dia 6 – 18/12/2020 – Aventureiro x Araçatiba

Dia 7 – 19/12/2020 – Araçatiba x Bananal

Dia 8 – 20/12/2020 – Bananal x Abraão

Dia 9 – 21/12/2020 – Dia de descanso em Abraão


Volta na Ilha Grande - Dia 4 - Descansando

Dia 4 – 16/12/2020 – Descansando em Parnaioca

                                                                                             

Hoje, de acordo com o planejado era ficar o dia todo de bobeira descansando em Parnaioca.


Acordamos no camping e sol, graças a Deus, deu suas caras. Lá pra depois das 10 horas da manhã, já estava bem forte! Tomamos nosso café e fomos passear pela praia. Fomos até o canto esquerdo e voltamos. Depois fomos andando até o canto direito. Fomos passando pela estradinha que tem entre a praia e o camping. Tinha vários marimbondos em alguns lugares. Estavam em época de acasalamento. Na igrejinha que tem ali tinha muitos deles! Um casal que chegaram de barco e que começaram a nos acompanhar, a moça começou a chorar de tanto medo dos marimbondos. Doidera, mas graças a Deus nada aconteceu com eles. Só ficou assustada mesmo.


 

Até daria para passar pela igreja, pelo cemitério e chegar na mini cachoeira que tem ali. Mas tinha uma quantidade de marimbondo ali um pouco alta e resolvi não arriscar, principalmente porque estava com Lais.

Fomos andando até o rio que tem ali e fomos pelo curso do rio até chegar bem próximo da “cachoeira”. O rio é bem raso. Ali conseguimos ficar super isolados.

Depois de curtir bem o lugar, voltamos para o camping e ficamos la descansando. Sentados na cadeirinha e olhando o mar. Seria olhando o pôr do sol, mas o tempo começou a ficar um pouco encoberto e não teve um grande pôr do sol, mas já está valendo.


Uma pena, São Pedro não ajudou muito

Anoiteceu, tomamos banho e fomos jantar. Havíamos encomendado uma janta (por 30 reais) e chegou a hora de encher o barrigão. Muito farta e muito boa a comida.



Fomos para a barraca deitar e começou a chuviscar. Foi legal que nesse dia Lais disse que ter essa parada para descanso em Parnaioca foi ótima, e foi mesmo. Recomendo. Depois foi só descansar porque o dia seguinte (seria um dia tranquilo), mas que seria mais um dia de caminhada: ir de Parnaioca até Aventureiro.



==x==

O cronograma da aventura ficou:

Dia 0 - Introdução, Planejamento e Custos

Dia 1 – 13/12/2020 – Abraão x Palmas

Dia 2 – 14/12/2020 – Palmas x Caxadaço

Dia 3 – 15/12/2020 – Cachadaço x Parnaioca

Dia 4 – 16/12/2020 – Dia de descanso em Parnaioca

Dia 5 – 17/12/2020 – Parnaioca x Aventureiro

Dia 6 – 18/12/2020 – Aventureiro x Araçatiba

Dia 7 – 19/12/2020 – Araçatiba x Bananal

Dia 8 – 20/12/2020 – Bananal x Abraão

Dia 9 – 21/12/2020 – Dia de descanso em Abraão




Volta na Ilha Grande - Dia 3

Dia 3 – 15/12/2020 – Caxadaço x Parnaioca

                                                                                             

Hoje o objetivo era andar aproximadamente 16 Kms e acampar no camping da Janete em Panaioca.

(foto da praia de parnaioca com legenda dizendo q é parnaioca)

 

Como havia dito no dia anterior, fizemos o camping selvagem em Caxadaço. Ao levantar para tomarmos o nosso café da manhã, comecei a ouvir vozes ao longe. Depois ficaram mais perto. Já peguei meu canivete por precaução. Sempre. Depois vi que tinha uns velhos que chegaram com umas novinhas numa lancha ali na praia de Caxadaço, hahaha. Enfim, eles nos viram, nos cumprimentaram e foram curtir a praia. Nós, terminamos nosso café da manhã, levantamos acampamento e começamos a caçar a continuação da trilha. Caminho feito, só clicar aqui.

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Tinha que atravessar o rio que tomamos banho no dia anterior, passando pelas pedras. Ali está a continuação da trilha. Fomos andando, passando por várias jacas caídas no chão e cheio de mosquitinhos nelas, mas nada d+.

Esse caminho pode até não ser uma trilha oficial do Parque Estadual Ilha Grande, mas é muito bem definido. Não tem bifurcação. Só seguir o caminho e ir. Como não é oficial, tem que subir segurando em algumas raízes em determinados momentos, o que deixa cansativo. Mas depois que se chega ao ponto mais alto, vai ficando mais tranquilo. Aí vem as arvores caída que tem que passar por baixo ou por cima. Cansa, mas nada absurdo. O caminho mais cansativo pra mim, foi o da Praia de Santo Antônio até Caxadaço no dia anterior.

Depois de caminhar um tempinho, quando vai chegando perto da estrada que liga até Dois Rios, a trilha vai ficando mais “estruturada”: da para ver que era caminho de escravos, pois há várias pedras colocadas no chão mostrando algo que seria um caminho oficial, mas foi abandonado.

Ao chegar à estrada de Dois Rios, na plaquinha indicando o caminho para a entrada da trilha de Caxadaço, que foi por aonde viemos, ali foi um momento bem especial pra mim. Isso porque na primeira vez que vim na Ilha Grande, eu fui caminhando de Abraão até Parnaioca. Pode ser visto clicando aqui. Naquela vez, lembro que ao passar por essa placa pensei: um dia ainda vou conhecer esse caminho ali, que dizem ser bem brabo. Hoje eu conheci! Foi uma pequena realização pessoal pra mim.

(foto na placa de entrada da trilha de caxadaço)

Dali pra frente, eu já conheceria o caminho até Aventureiro então fiquei mais tranquilo ainda. Principalmente porque sabia que o destino final de hoje, Parnaioca, era um caminho super tranquilo.

Fomos andando até que chegamos à Praça de Dois Rios. Ali fizemos nosso registro de entrada junto a guarita, dizendo que iríamos ir até Parnaioca e ficar por lá um ou dois dias. Feito isso, fomos caminhando para a Praia de Dois rios.

(foto da praia de dois rios)

Chegamos num banquinho que tem ali, deixamos as mochilas cargueiras. Lais estava com vontade danada de tomar uma coca-cola. Ela deixou as coisas ali e foi andando até um quiosque que tem perto do Presídio. Enquanto ela ia, deixei as mochilas, roupas e meias no sol secando. Ela voltou e fizemos um pequeno lanche. Depois, curtir a praia e o rio ali atrás. Aproveitando tanto a água doce como a água salgada.

(foto do bolinho de aipim)

De volta à caminhada, fomos sentido ao presídio. Paramos ali no quiosque e pedimos três bolinhos de aipim e mais coca-cola. Estava bom demais!

De barriga um pouco mais cheia, voltamos a caminhar. Passamos perto do presídio mas não fomos lá dentro. Aparentemente estava fechado. A trilha é bem mais aberta. Espaçosa. Anda-se mais tranquilo.

Andamos, passamos pela ponte de cimento que tem ali e continuamos até que chegamos na Toca das Cinzas. Ali, como diz a lenda (e a placa no local), eram deixados os escravos fujões acorrentados até apodrecerem e virarem cinzas. Eita!

(foto da toca das cinzas)

Continuamos a caminhada passando por vários pontos com água. Já quase chegando a Parnaioca, começa uma descida sem fim. Nela, se não prestar atenção, passa-se pela pedra do coração.

(foto da pedra do coração)

Essa pedra é o marco da bifurcação que leva até o mirante do João. Fui nela quando fui à Ilha Grande pela primeira vez. Só clicar aqui para ver o caminho.

(foto de parnaioca)

Chegamos a Parnaioca e estava caindo uma pequena garoa. Nada q molhasse de verdade. Mas um pouco antes de chegarmos na praia em si, vimos um casal de gringos indo pegar o cmainho contrário. Já estava quase anoitecendo, eles estavam com roupas muito descobertas, uma mochila simples e estava começando a garoar. Sem falar que não se pode dormir em Dois Rios. Teriam que andar até Abraão. Ficou Lais e eu olhando um para a cara do outro sem acreditar muito naquilo e então falei "Bom, eles sabem o que estão fazendo. Eu espero" e continuamos a descer pra praia.

Ficamos no primeiro campimg que apareceu e depois vimos que este era o camping da Janete. Falamos com o pessoal, montamos acampamento, tomamos nosso banho quentinho e fomos jantar. A ideia para amanha seria ficar o dia todo de bobeira descansando em Parnaioca.


==x==

O cronograma da aventura ficou:

Dia 0 - Introdução, Planejamento e Custos

Dia 1 – 13/12/2020 – Abraão x Palmas

Dia 2 – 14/12/2020 – Palmas x Caxadaço

Dia 3 – 15/12/2020 – Cachadaço x Parnaioca

Dia 4 – 16/12/2020 – Dia de descanso em Parnaioca

Dia 5 – 17/12/2020 – Parnaioca x Aventureiro

Dia 6 – 18/12/2020 – Aventureiro x Araçatiba

Dia 7 – 19/12/2020 – Araçatiba x Bananal

Dia 8 – 20/12/2020 – Bananal x Abraão

Dia 9 – 21/12/2020 – Dia de descanso em Abraão


Volta na Ilha Grande - Dia 2

Dia 2 – 14/12/2020 – Palmas x Caxadaço

                                                                                             

Hoje o objetivo era andar aproximadamente 9,7 Kms e fazer um camping selvagem na praia de Caxadaço.

(foto da praia de caxadaço com legenda dizendo q é caxadaço)

 

Como havia dito no dia anterior, acordamos nos camping nascer do sol na praia de Palmas já um pouco tarde. Principalmente para quem tinha a ideia de acordar cedo para ver o nascer do sol ali. Ficou pra outra oportunidade, hehe. Preguiça não deixou.

Tomamos nosso café da manhã, levantamos acampamento e começamos a andar até o final da praia. No final dela fica o “Camping de Palmas”. Parecia ser muito melhor do que o que nós havíamos ficado. Enfim... Continuamos a caminhar. Caminho feito pode ser visto clicando aqui.

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Depois de uma pequena subida, chega-se na praia do Mangue. Tem umas escadas de madeira para descer e chegar à praia.

(foto da escada de madeira)

Descemos as escadas e paramos uns minutinhos ali para tomar um banho de mar. Deixamos as mochilas ali na sombra. Na água, era engraçado: tinha partes geladas e partes quentes o tempo todo. Deveria ser o encontro da água do mangue, um pouco mais quente; com a água do mar, um pouco mais gelada.

Andando um pouco mais a frente, praticamente na mesma extensão de areia da Praia do Mangue, tem a praia do pouso.

(foto praia do pouso)

Paramos só alguns minutos para ficar de bobeira, mas nem tomamos banho nem nada. Só contemplar. Nesta praia, descem alguns barcos que vão para a praia de Lopes Mendes. As pessoas descem ali na praia do pouso e vão fazendo a trilha até chegar em Lopes Mendes. O mesmo caminho que a gente. Nós, com mochilas cargueiras, passávamos por algumas pessoas sem nada. E olha que nem somos brabos de trilha. Fomos num ritmo bem tranquilo. Muita gente leva coisas para ficar o dia todo. Ai fica pesado.

Continuando o caminho junto com algumas pessoas que chegaram de barco, começamos uma subida para chegar a Lopes Mendes. A praia é enorme. Já foi eleita uma das mais bonitas do Brasil. Vale a pena conhecer.

(fotos de Lopes mendes)

Deixamos nossas mochilas ali na sombra, colocamos a canga na areia e fomos curtir a praia. Ficamos umas duas horas ali, pelo menos. Fizemos um pequeno lanche e começamos a andar sentido ao final da extensão de areia da praia. Lá tem um barril com o nome de Lopes mendes.

(colocar foto do barril e dizer que é foto de internet)

Começamos a andar, mas o peso de lembrar que tínhamos muitos Kms a frente, depois da praia, fez a gente repensar e andamos só um pouquinho e voltamos para a canga e as mochilas.

Curtido bem a praia, era hora de voltar a caminhar. Voltamos até a bifurcação que da entre Lopes mendes e a praia Santo Antônio. Fomos sentido Santo Antônio e poucos minutos depois a trilha já fecha um pouco. Nada muito braba, mas já começa a ficar um pouco mais cansativa. Somado ao cansaço de curtir a praia anterior... Enfim. Continuamos e fomos até a praia de Santo Antônio em si, com as mochilas cargueiras e tudo. Um erro nosso. Deveríamos ter deixado as mochilas num canto ali e ter feito esse bate-e-volta na praia.

(praia de Santo Antônio)

Chegamos e a praia estava DESERTA. Sem uma alma viva. Lógico, fiz questão de nadar pelado ali. Tirei tudo e fui correndo pra água. Hahaha. Muito bom. Laís ficou com preguiça de entrar porque tirar calça lagging e botar, ainda por cima molhada da agua do mar, é um saco. Até entendo.

Voltei, botei minhas roupas, e começar a caminha da volta. Na subida de volta até a bifurcação entre Lopes Mendes e Santo Antônio, encontramos dois Chilenos. Conversamos por alguns segundos e partimos. De lá, fomos sentido Praia de Caxadaço.

Caminho até caxadaço, não sei se o cansaço das praias acumulou também, mas é bem cansativo. Algumas árvores caídas no caminho, não é abertão, mas é definido o caminho. Conforme íamos andando ia escurecendo. Como não é abertão, fica mais escuro ainda.

No meio do caminho tinha uma (pequena) corda para subir. Ali eu fiquei bem cansado. Subi, peguei a mochila de Lais, ajudei-a a subir. Descansamos uns 3 minutos e continuamos a caminhar. Passamos por alguns pontos com água até que chegamos finalmente na praia de caxadaço.

Logo de cara, já tem uma parte mais acima que da umas 3 ou 4 barracas. Descendo mais um pouco, já mais perto do rio onde da para tomar banho, da para colar umas 2 ou 3 barracas. Essa segunda área achei melhor. Mais perto da praia, quase do lado do rio e com algumas pedras que da para sentar ou usar como mesa. Montamos barraca ali e já fomos tomar banho.

Foi o primeiro camping selvagem de Lais e o primeiro banho mesmo no rio. Fizemos nossa janta com o fogareiro que eu trouxe, enchemos o cantil e fomos dormir.

Acordei de madrugada para fazer um xixi, e fui perto do rio pegar mais água. Nela vi tipo umas lagostas azuis enormes. Fiquei admirado com aquilo. Muito grande e azul. A lanterna do celular as atraiu. Fiz o que tinha que fazer e voltei pra barraca pra tentar dormir. Não consegui dormir muito bem nesse dia, mas vou deixar para comentar no próximo post quando fomos andar de Caxadaço até Parnaioca.



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O cronograma da aventura ficou:

Dia 0 - Introdução, Planejamento e Custos

Dia 1 – 13/12/2020 – Abraão x Palmas

Dia 2 – 14/12/2020 – Palmas x Caxadaço

Dia 3 – 15/12/2020 – Cachadaço x Parnaioca

Dia 4 – 16/12/2020 – Dia de descanso em Parnaioca

Dia 5 – 17/12/2020 – Parnaioca x Aventureiro

Dia 6 – 18/12/2020 – Aventureiro x Araçatiba

Dia 7 – 19/12/2020 – Araçatiba x Bananal

Dia 8 – 20/12/2020 – Bananal x Abraão

Dia 9 – 21/12/2020 – Dia de descanso em Abraão